Servidores da Trensurb recusam propostas
Categoria irá decidir sobre estado de greve em assembleia na próxima semana
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Os funcionários da Trensurb decidiram apresentar uma contraproposta de reajuste salarial à empresa na próxima quarta-feira. A decisão foi tomada, de forma unânime, durante assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Rio Grande do Sul (Sndimetrô/RS) realizada nesta quarta-feira. Com isso, a decisão a respeito do estado de greve dos funcionários foi adiada para a próxima semana.
Na assembleia, que contou com a presença de 130 dos 750 filiados, os servidores recusaram as duas propostas apresentadas pela Trensurb. A primeira oferta da empresa foi de manter as chamadas cláusulas sociais, como proteção a gestantes e outras ferramentas de garantias dadas aos funcionários. Para isso, a empresa propôs 0% de reajuste.
A outra oferta feita pela Trensurb foi um reajuste de 20% do INPC com retirada de cinco cláusulas sociais. A patronal quer o fim da estabilidade para os integrantes da Sipa; aumento de tempo para retirada de punições das fichas dos funcionários, que hoje é de 18 meses e passaria para dois anos; redução no número de horas para atividades sindicais e o fim da contribuição assistencial.
Presidente do Sindimetrô/RS, Luis Henrique Chagas considerou que as negociações avançaram muito pouco. “A empresa só quer excluir, e nós queremos apenas a reposição da inflação e não exclusão de cláusulas que garantam a estabilidade.”
Na próxima quarta-feira o Sindicato apresentará a contraproposta à Trensurb em reunião marcada para às 14h. Eles querem o reajuste com 100% do INPC, abono para compensar as perdas com o Vale Alimentação e Auxílio Creche e validade de dois anos para o acordo. O Sindimetrô aceita discutir o fim da estabilidade para os integrantes da Sipa e prazo em relação aos acidentes, mas isso só acontecerá se a Trensurb aceitar o reajuste proposto pelo Sindicato – a categoria almeja a correção de 100% do índice da inflação nos salários. Chagas acredita que o estado de greve têm grande chance de ser aprovado na assembleia marcada para a próxima quinta-feira às 12h.