Servidores do Judiciário protestam por reposição salarial

Servidores do Judiciário protestam por reposição salarial

Com cartazes e bandeiras, os manifestantes afirmavam que o Judiciário não apresentou nenhuma proposta de recomposição da matriz salarial

Felipe Samuel

Coordenador geral do Sindjus, o técnico judiciário Osvaldir Rodrigues da Silva explica que a categoria propõe ao TJRS uma revisão da matriz salarial

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Servidores do Judiciário voltaram a protestar nesta segunda-feira, em frente à sede do Tribunal de Justiça do RS (TJRS), em Porto Alegre, por reposição salarial e reajuste das verbas indenizatórias, como auxílio-condução, gratificação de plantões e auxílio-creche. A vigília intitulada "Desigualdade - quando ela aumenta a justiça diminui" se estende até sexta-feira.

Representantes da Associação dos Oficiais de Justiça do RS (Abojeris) e do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do RS (Sindjus/RS) ocuparam parte da avenida Borges de Medeiros, no sentido bairro. Com cartazes e bandeiras, os manifestantes afirmavam que o Judiciário não apresentou nenhuma proposta de recomposição da matriz salarial e alegavam perdas salariais acumuladas de 57%.

Diretora jurídica da Abojeris, Helena Veiga Müller afirma que a iniciativa visa denunciar a desigualdade dentro do Poder Judiciário. “O que a gente vê no decorrer dos últimos oito anos é o salário dos servidores congelados. Não teve nenhum reajuste na matriz salarial dos servidores do Tribunal de Justiça nesse período de oito anos”, ressalta, acrescentando que magistrados do RS foram autorizados a receber, a título de “acúmulo de serviço”, chamada de gratificação de acervo, mais R$ 8 a 10 mil por mês a título de sentenças acumuladas.

Coordenador geral do Sindjus, o técnico judiciário Osvaldir Rodrigues da Silva explica que a categoria propõe ao TJRS uma revisão da matriz salarial. “Tivemos um plano de carreira aprovado na Assembleia Legislativa o ano passado e nesse plano não foi mexido em nada, os salários continuam os mesmos. A inflação já acumula há sete anos em torno de 50%. Não falamos em reajuste, e sim em matriz salarial. Porque tem muitos cargos novos que foram criados, transformados, e os salários continuaram os mesmos. Há verba dentro do orçamento do TJRS para que isso ocorra”, afirma

De acordo com Silva, existe uma desigualdade no tratamento da administração. “Enquanto que a magistratura tá recebendo por força de orientação do CNJ auxílio acervo que é em torno de oito a dez mil reais pra cada magistrado. E em contrapartida os servidores não tem essa essa valorização, esse reconhecimento. Então, é isso que a gente tá denunciando pra um segmento do judiciário há verba e pra outro segmento não há essa mesma valorização. Então, é isso que a gente quer, um tratamento mais igual”, reforça.


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