Servidores municipais e Simpa realizam protesto no Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul

Servidores municipais e Simpa realizam protesto no Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul

Manifestantes protestam contra as condições estruturais da unidade e a falta de profissionais de saúde

Cláudio Isaías

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Os servidores municipais da saúde, com apoio do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) realizaram nesta quinta-feira um protesto contra o que eles consideram um desmonte do serviço público. A manifestação foi realizada na frente da emergência do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), na zona Sul de Porto Alegre.

Um grupo de 50 funcionários e sindicalistas protestou contra a falta de estrutura da unidade de saúde e de profissionais para o atendimento à população. O diretor-geral do Simpa, João Ezequiel, disse que a categoria está lutando contra a terceirização e as privatizações na saúde municipal. "Estamos na luta pela convocação dos enfermeiros e dos técnicos de enfermagem aprovados em concurso público. Queremos melhorar as condições de trabalho da unidade de saúde", destacou. 

Segundo Ezequiel, no PACS há relatos de superlotação, de falta de funcionários, de pacientes deitados em macas e de pacientes da saúde mental que dormem em colchões colocados no chão do posto de saúde. A categoria, que está há cinco anos sem a reposição da inflação nos salários, também reivindica que o prefeito Sebastião Melo avance nas negociações para recomposição da remuneração.

Conforme Ezequiel, as perdas da categoria chegam a 28,13%. Mesmo com o protesto dos servidores, o atendimento no Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul foi mantido. 

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que devido à pandemia da Covid-19, os atendimentos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do município restringiram os atendimentos, sobrecarregando os Pronto Atendimentos de saúde mental de Porto Alegre.

A secretaria analisa, junto à Procuradoria Geral do Município (PGM), uma forma de flexibilizar as restrições de funcionamento dos CAPS, reduzindo assim a superlotação dos Pronto Atendimentos de saúde mental.

Quanto à falta de funcionários, já foi iniciado o processo de contratação emergencial de técnicos de enfermagem, tendo em vista que não há concurso vigente para o chamamento destes profissionais. Há, também, edital de processo seletivo em andamento no município para técnico de enfermagem e médico. A Secretaria Municipal de Saúde informa ainda que não há nenhuma previsão de terceirização do serviço no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS). O projeto que analisava esta possibilidade foi arquivado pela secretaria.


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