Sindicato das empresas de ônibus faz proposta de 2% de reajuste aos trabalhadores

Sindicato das empresas de ônibus faz proposta de 2% de reajuste aos trabalhadores

Percentual seria aplicado também ao vale-alimentação e subsídio do plano de saúde

Correio do Povo

Sindicato das empresas de ônibus faz proposta de 2% de reajuste aos trabalhadores

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O Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) enviou ontem ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de Passageiros de Porto Alegre (Stetpoa), uma proposta de correção salarial conforme a inflação do período (1° de fevereiro de 2017 a 31 de janeiro de 2018), medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Com isso o reajuste ficaria em torno de 2%. Esse percentual seria aplicado também às demais cláusulas de natureza econômica como vale-alimentação e subsídio do plano de saúde. No dia 2 de janeiro, o Seopa havia oferecido 1%.

De acordo com o advogado da entidade patronal, Alceu Machado, um dos impasses da negociação envolve o plano de saúde dos trabalhadores. A pedido de dirigentes do sindicato dos rodoviários e lideranças da categoria, que consideram o atual modelo oneroso, o Seopa buscou novas alternativas no mercado, apresentando a que ofereceu o melhor custo benefício: “A proposta da nova empresa é financeiramente mais acessível para os funcionários, e os serviços oferecidos são muito semelhantes. Mas, até o momento, a alteração não foi aprovada pelo sindicato dos rodoviários”.

A operadora atual do plano de saúde propôs, para renovação do contrato, uma coparticipação mensal do colaborador de R$ 55, sem cobrança por consulta. Já a empresa apontada como alternativa, a Verte Saúde, ofereceu um plano com R$ 30, de contribuição mensal. A consulta também não seria cobrada. Os novos valores foram apresentados após negociação com o Stetpoa que indicou ser contrário às propostas anteriores, nas quais a cobrança por consulta seria praticada.

O Seopa irá aguardar manifestação do sindicato dos rodoviários. Mas a expectativa, conforme Machado, é que possam fechar o acordo: “Considerando o contexto de crise e a grande dificuldade que as empresas de ônibus vêm enfrentando, trata-se de uma boa proposta e é o melhor que podemos oferecer no momento”.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbanos de Passageiros de Porto Alegre (Stetpoa), Adair da Silva, afirmou que a oferta não atende aos interesses da categoria. Os rodoviários reiteram a intenção de receber reajuste salarial de 5%, conforme a inflação, e mais ganho real, além de aumento de 10% no vale-alimentação, que passaria dos atuais R$ 25,00 para R$ 27,50. Os rodoviários ainda querem a manutenção do vale-alimentação nas férias, passe-livre para os funcionários afastados por doença e pagamento integral do feriado trabalhado, entre outras mudanças que a categoria espera voltar a negociar com o Seopa na próxima segunda-feira.

“Os 2% sequer repõem as perdas inflacionárias”, disse Silva, defendendo a necessidade de renovação do contrato com a prestadora atual do plano de saúde. Ainda ontem, tão logo recebeu a proposta, Silva requisitou que uma nova reunião de negociação aconteça ainda na segunda-feira. “Ainda não recebemos resposta, mas a única certeza é a de que realizaremos uma assembleia geral da categoria já na terça-feira”, salientou. O dirigente do Stetpoa reiterou que a proposta apresentada não agrada os trabalhadores.

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