Sindicato pede manutenção de 500 funcionários de postos de saúde de Porto Alegre

Sindicato pede manutenção de 500 funcionários de postos de saúde de Porto Alegre

Manifestação ocorreu na manhã desta sexta-feira em frente à prefeitura

Taís Teixeira

Grupo se reuniu em frente à Prefeitura de Porto Alegre nesta sexta

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O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (Sindisaúde-RS) reuniu cerca de 230 pessoas em frente à Prefeitura de Porto Alegre na manhã de sexta-feira para reivindicar  a manutenção  de 500 trabalhadores do Instituto Municipal da Estratégia da Saúde da Família (IMESF).

O grupo, que reúne profissionais que atuam nos postos de saúde, foi demitido na virada do ano pelo prefeito Sebastião Melo. O protesto também contesta a proposta da prefeitura de pagar 15% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 80% de aviso prévio aos demitidos, sendo que nem todos ainda receberam o pagamento.

O secretário-geral o Sindisaúde-RS, Júlio Appel, afirma que essa oferta não segue o “processo de demissão normal”. Além disso, destaca que esse movimento pela preservação dos trabalhadores acontece desde 2019 com ações no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) para determinar uma solução para essas pessoas, que são concursadas e foram demitidas quando o IMESF foi extinto pelo ex-prefeito Nelson Marchezan Junior.

Appel entende que a única saída para os profissionais de postos de saúde, que formam o setor de atenção primária, seria a criação de um instituto de saúde pública de atenção primária em Porto Alegre. “Bastaria o prefeito enviar um projeto de lei para a Câmara de Vereadores para criar uma empresa pública de saúde, onde já somamos 19 votos, o que é a maioria para garantir esses postos de trabalho, mas não é essa a intenção, e sim de privatizar a atenção primária”, destaca.

Foto: Guilherme Almeida 

O secretário-geral ainda diz que já comprovou ao prefeito e ao secretário municipal de Saúde que é mais rentável manter o Instituto como responsável pelos postos de saúde do que o atual modelo vigente, que passou para a alçada de alguns hospitais o domínio de postos de saúde localizados na mesma região.

Com essa demissão, ficaram 700 colaboradores vinculados ao IMESF. Entre os 500 demitidos, a maioria são técnicos de enfermagem, agentes endêmicos e auxiliares de saúde bucal. Appel enfatiza que a diretoria do sindicato não foi recebida pelo prefeito. A comissão do Sindisaúde-RS assegurou que vai intensificar as ações em Porto Alegre.  A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que aguarda uma decisão da Prefeitura.


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