Sindimetrô ingressa na Justiça contra Trensurb para obter testes de Covid-19 para metroviários
Ao todo, 12 trabalhadores já foram infectados pelo novo coronavírus
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Após 12 metroviários testarem positivo para Covid-19, o Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô) ingressou com uma ação civil pública contra a Trensurb. Em março, a empresa assumiu o compromisso de viabilizar testes à categoria por meio de um acordo na Justiça do Trabalho. Contudo, os exames estariam sendo pagos pela entidade, a fim de diminuir a apreensão dos trabalhadores.
Entre os metroviários infectados pelo coronavírus SARS-Cov-2 está o presidente Sindimetrô, Luís Henrique Chagas, que entrou em quarentena neste sábado. Na ação o sindicato "requer que sejam antecipados os efeitos da tutela pretendida, em caráter de urgência, para obrigar a Reclamada a testar e realizar exames da Covid-19 a cada 21 dias, em todos os empregados/substituídos, pelo período em que os Decretos Estaduais de enfrentamento da doença perdurarem, sob pena de multa diária a ser fixada por este nobre juízo".
A diretora de Comunicação do Sindimetrô disse que é inaceitável que a direção da Trensurb trate os metroviários e os usuários com descaso. "Tememos que aconteça um surto dentro da empresa. Dezenas de trabalhadores são do grupo de risco, mas permanecem em atividade presencial", argumenta Ayllu Duarte Acosta.
O sindicato também alerta para a possibilidade do vírus contaminar os usuários do trem, agravando ainda mais a pandemia na região metropolitana de Porto Alegre. Das pessoas que contraíram o coronavírus, algumas trabalham direto com o público. O pedido de liminar para Tutela de Urgência foi protocolado na Vara da Justiça do Trabalho de São Leopoldo. Também na sexta-feira, uma denúncia, pedindo a testagem de todos os metroviários, foi protocolada no Ministério Público do Trabalho da 4ª Região, em Porto Alegre.
