Sinduscon-RS debate em live crescimento no setor durante a pandemia

Sinduscon-RS debate em live crescimento no setor durante a pandemia

Construção Civil foi a área que mais gerou empregos em Porto Alegre no mês de julho

Christian Bueller

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Na primeira edição da segunda temporada do Sinduscon-RS Lives, um encontro virtual debateu a “Economia Nacional e Construção Civil: desempenho e perspectivas”. O setor em Porto Alegre foi o que mais gerou empregos formais em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com 9 mil admitidos. O presidente do Sinduscon-RS, Aquiles Dal Molin Junior, recebeu o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, e a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.

“O momento é positivo. Estamos em um momento surpreendentemente alto em relação à expectativa para uma pandemia”, afirmou Dal Molin. Entre os fatores responsáveis, segundo ele, está a busca das pessoas por uma melhor qualidade de vida, o que aumentou a demanda no segmento. As taxas de juros baixas também fizeram clientes quem não tinha condição de adquirir imóveis. “Esta conjuntura traz uma nova realidade para a construção civil, que supera as projeções do ano passado. Deveremos ter um 2021 de excelente desempenho”, frisou o presidente do Sinduscon-RS.

Ieda Vasconcelos contextualizou a situação econômica do Brasil. “O PIB está no mesmo patamar de 2009, auge dos impactos da crise global provocada pelos EUA. O motivo foi a paralisação das atividades durante a pandemia, principalmente em abril deste ano, quando tudo parou”, analisou. Ela observou um crescimento da indústria entre maio e julho, quando os últimos dados foram divulgados. Segundo a economista, o comércio também apresentou alta a partir dos auxílios emergenciais. “O varejo de materiais de construção é um dos destaques, assim como o setor de serviços, que também cresceu”, relatou Ieda, que também apontou redução nos pedidos de seguro-desemprego em agosto.

O presidente da CBIC destacou a mudança no comportamento do consumidor depois da pandemia. “Tivemos um volume de vendas apenas com 2% de diferença entre junho deste ano e o do ano passado. Se nos perguntassem, em março, que chegaríamos neste número, nos taxariam de louco”, contou José Carlos Martins. Segundo ele, além do auxílio emergencial que injetou dinheiro na economia, há um outro fator para os bons números no segmento: “as pessoas ficaram em casa e consumo por impulso reduziu. Por isso, sobrou renda para as pessoas investirem”, opinou.

O vice-presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, e o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ricardo Michelon, mediaram a live.


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