Sistema deveria ter evitado apagão, diz Eletrobrás

Sistema deveria ter evitado apagão, diz Eletrobrás

Segundo presidente do órgão, instrumentos da Furnas e Itaipu "funcionam perfeitamente"

AE

publicidade

O presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, disse hoje que não entende por que parte da inteligência do sistema elétrico não funcionou para "ilhar o defeito" ocorrido nas linhas de transmissão no sul de São Paulo, que deixou várias cidades de 18 Estados sem energia elétrica. Segundo ele, o sistema de corte de carga funcionou perfeitamente no Nordeste, por isso apenas algumas cidades periféricas na região ficaram sem energia.

Muniz Lopes disse que, ao ser detectado um problema na estação de Itaberá (SP), as linhas do trecho deveriam ter sido isoladas para que não houvesse problemas no restante do sistema. O presidente da Eletrobrás afirmou que a explicação para este problema deve ser dada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ele observou que a Eletrobrás atualmente não tem acento no Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE).  Disse acreditar que o apagão foi "um evento fortuito" e garantiu que o sistema da Eletrobrás está "operando perfeitamente".

"Os instrumentos da Eletrobrás-Furnas e os instrumentos da Eletrobrás-Itaipu estão em perfeitas condições", declarou.O presidente da estatal disse ainda que não acredita em sabotagem, falha humana, ou ação de hackers. Ele defendeu a necessidade de novas usinas hidrelétricas, como as do rio Madeira e a de Belo Monte, no rio Xingu. "Essas usinas novas vão fortalecer o sistema e a segurança energética do País. É importante que se façam usinas novas para se ter novas rotas de grande suprimento. Essas usinas serão grandes polos estabilizadores", afirmou.

Segundo Muniz Lopes, o País tem energia sobrando para garantir o crescimento econômico até 2013/2014. Ele disse acreditar que não foi por falta de investimentos que houve o apagão. A Eletrobrás, segundo ele, tem uma previsão de investimentos de R$ 8 bilhões em 2009, dos quais mais de 50% já foram gastos até setembro, sem contar os investimentos feitos em parceria.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895