Skatistas alertam para uso de equipamento de proteção na pista de skate da Orla do Guaíba

Skatistas alertam para uso de equipamento de proteção na pista de skate da Orla do Guaíba

Esportistas experientes também pedem que novos praticantes respeitem limitações e preparo para manobras

Cláudio Isaías

Esportistas experientes também pedem que novos praticantes respeitem limitações e preparo para manobras

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Sucesso entre os adeptos do skate, a pista do trecho 3 da Orla do Guaíba tem apresentado nos últimos dias uma surpresa desagradável a quem insiste em praticar o esporte sem os equipamentos de segurança: tombos. Skatistas experientes que usam o local diariamente recomendam uso dos equipamentos de segurança para a prática do esporte.

Em locais como a pista de "Minisnake" e o "Bowl", as quedas são mais agressivas e recorrentes. Para essas modalidades é recomendado a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como capacete, cotoveleira, joelheira e munhequeira (ou luva). No "Street" é recomendado o uso do capacete, mas alguns praticantes abrem mão do uso do item. Nesta sexta-feira, foi possível perceber skatistas com todos os itens de segurança; alguns apenas com capacete e outros adeptos do esporte sem nenhum item de segurança. 

O skatista Ramones Wetzel, 49 anos, e que anda desde os 14 anos, afirmou que o skate é um esporte radical e tem sim que haver um preparo. "As pessoas precisam fazer um alongamento antes de entrar na pista e cada um tem que andar no seu limite. Não adianta vir até a pista e fazer coisas que não sabe porque vai acabar se machucando", ressaltou. Segundo Wetzel, andar de skate é diversão. O skatista realiza suas manobras na pista de "Minisnake" e no "Bowl".

Já Luís Henrique Silva de Almeida, de 47 anos, disse que sempre utiliza capacete para realizar suas manobras. "Sem capacete não tem como praticar o skate porque as quedas fazem parte do esporte", destacou. Ele começou a praticar Cross com 12 anos e depois começou a andar de skate na pista do Marinha do Brasil.

Skatista há mais de três décadas, Eder Oliveira, de 42 anos, pede que as pessoas não tentem realizar manobras que não estão preparadas. "Aconteceu uma popularização do skate em função das Olimpíadas de Tóquio, mas não significa que você tenha que vir aqui fazer manobras que você não sabe e ainda por cima sem os equipamentos de segurança", acrescentou. 

A diretora-geral do Hospital de Pronto Socorro (HPS), Tatiana Breyer, afirmou que a pista de skate do trecho 3 da Orla do Guaíba não tem nada de anormal. "O problema é que as pessoas não estão usando os EPIs. A maioria dos acidentes que estão sendo divulgados nas redes sociais são de pessoas com camiseta e bermuda", ressaltou. De acordo com ela, a pista existe para ser usada pelos skatistas, porém há pessoas que não estão respeitando a sua capacidade e nem o limite de fazer manobras.

A diretora-geral do HPS informou que aumentou o volume de atendimentos no setor de traumatologia do hospital. "Não posso afirmar categoricamente que isso tenha relação com a pista de skate da Orla do Guaíba", ressaltou. Ela lembra que as pessoas voltaram a praticar recentemente atividades esportivas na cidade, o que não foi permitido durante o pico da pandemia porque as quadras esportivas estavam fechadas.

"As pessoas devem aproveitar o espaço de lazer com bom senso e prevenção. Respeite o seu limite e não abuse. A emoção de uma manobra não deve ser maior que sua segurança", acrescentou. O hospital afirmou que irá começar a monitorar os casos para ter informações mais precisas.

 


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