Sobe para 208 o número de mortos pelo tufão Rai nas Filipinas

Sobe para 208 o número de mortos pelo tufão Rai nas Filipinas

Balanço oficial foi atualizado neste domingo

AFP

Filipinas atualizou número de mortos para 208

publicidade

Pelo menos 208 pessoas morreram na passagem do Rai pelas Filipinas, um dos tufões mais letais a atingir o país nos últimos anos, informa o balanço oficial atualizado divulgado neste domingo (19). De acordo com a polícia, ao menos 239 pessoas ficaram feridas e 52 desapareceram depois que o tufão Rai varreu o sul e o centro do arquipélago.

Mais de 300.000 pessoas abandonaram suas casas e hotéis de praia. Várias áreas ficaram sem comunicação e sem energia elétrica, enquanto em outros lugares telhados foram arrancados, e postes de luz, derrubados. Este balanço pode aumentar, à medida que as agências governamentais forem avaliando a amplitude do desastre.

O tufão Rai atingiu as Filipinas na quinta-feira (17) com ventos de 195 km/h. Milhares de policiais, militares, agentes da Guarda Costeira e bombeiros continuam mobilizados para ajudar nas buscas e resgates nas áreas atingidas. No sábado, Rai se afastou, avançando pelo Mar da China Meridional e, no domingo, estava ao largo da costa do Vietnã, movendo-se para o norte.

Maquinário pesado, como retroescavadeiras e tratores, foi usado para ajudar a desobstruir estradas bloqueadas pela queda de postes e árvores. Uma avaliação aérea dos danos ao norte de Bohol deixou "muito claro" que as pessoas sofreram muito em termos de casas destruídas e perdas agrícolas, disse Arthur Yap, governador de Bohol, um popular destino turístico. Ele declarou estado de emergência na ilha.

No encerramento de sua tradicional oração dominical do Ângelus, o papa Francisco expressou sua "proximidade com o povo das Filipinas", um país majoritariamente católico. "Possa o santo Menino levar conforto e esperança às famílias com mais dificuldades", declarou, em referência ao Natal. O tufão também causou destruição generalizada nas ilhas de Siargao, Dinagat e Mindanao.

Imagens aéreas distribuídas pelos militares mostraram os estragos na cidade de General Luna, em Siargao, onde estavam muitos surfistas e turistas antes das festas de fim de ano. Nas imagens, vê-se prédios sem telhado, e o chão, coberto de entulho. Neste domingo, os turistas começaram a ser retirados.

Em Surigao City, no norte de Mindanao, as ruas ficaram cobertas de vidros quebrados, chapas de aço dos telhados e linhas de transmissão elétrica. Os ventos do Rai caíram para 150 km/h, enquanto ele avança pelo país em chuvas torrenciais, arrancando árvores e destruindo estruturas de madeira. A governadora de Dinagat, Arlene Bag-ao, disse no sábado que os danos à ilha "são uma lembrança, igual ou pior", da destruição causada pelo supertufão Haiyan, em 2013. Haiyan é o ciclone mais mortal já registrado nas Filipinas, com mais de 7.300 pessoas mortas, ou desaparecidas.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895