Sobe para três o número de mortos em desabamento de prédios no Rio
Homem chegou a ser retirado com vida dos escombros
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Subiu para três o número de mortos do desabamento de dois prédios na zona Oeste do Rio de Janeiro, ocorrido na manhã desta sexta-feira. Claudio Rodrigues, de 40 anos, morreu após dar entrada em um hospital particular. Apesar de ter sido retirado com vida dos escombros, ele sofreu quatro paradas cardíacas e traumatismo craniano, segundo familiares.
O trabalho de resgate continua sem o uso de máquinas pesadas. As equipes retiraram uma criança com vida dos escombros. Com isso, chega a nove o número de pessoas resgatadas do local.
Por volta de 14h45min chegaram ao local equipamentos de iluminação. Pela manhã, o vice-governador, Cláudio Castro, e o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, estiveram no local do desabamento para acompanhar os trabalhos.
Vítimas internadas
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, três vítimas - dois homens e uma mulher - foram levados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge. Adilma Rodrigues, de 35 anos, está internada em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo. Já Raimundo Nonato Ferreira, de 41 anos, e Luciano Paulo dos Santos, de 38, têm escoriações. No Hospital Municipal Miguel Couto estão Evaldo Vieira Silva, de 46 anos, e uma mulher de 29 anos. Ambos passam por exames.
Prédios irregulares
A Prefeitura do Rio de Janeiro confirmou que o conjunto onde estavam situados os prédios eram "ilegais e clandestinos" desde 2005. De acordo com os esclarecimentos da administração municipal, as primeiras ações de interdição contra o condomínio Figueiras do Itanhangá, na Muzema, ocorreram no dia 6 de outubro de 2005.
Na época, a Secretaria Municipal de Urbanismo abriu um processo administrativo no qual classificou todas as construções como clandestinas. O documento emitia um edital de embargo da área total ocupada pelo conjunto, que não está inscrito no Núcleo de Regularização de Loteamentos da prefeitura.
De acordo com o Mapa de Suscetibilidade ao Escorregamento da Geo-Rio, o loteamento está localizado em área classificada como de alto e médio risco de deslizamento e em APA (Área de Proteção Ambiental). Em 2005, o condomínio não contava com redes pluviais, de esgoto, abastecimento de água, calçamento e meio-fio. Desde então, foram emitidos 17 autos de infração para construções irregulares naquele condomínio, segundo informações da prefeitura carioca.
Recurso negado pela Justiça
Dois dias antes do desabamento, o Tribunal de Justiça do Estado havia negado um recurso da prefeitura carioca para a demolição. A liminar foi indeferida, por unanimidade, pela 20ª Câmara Cível do TJ do Rio de Janeiro.