Spohr se emociona ao lembrar de primeiros meses administrando Boate Kiss

Spohr se emociona ao lembrar de primeiros meses administrando Boate Kiss

Réu é o primeiro a ser interrogado no julgamento da tragédia em Santa Maria

Correio do Povo

Spohr relembrou os primeiros meses administrando a Boate Kiss

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Elissandro Spohr começou, no fim da tarde desta quarta-feira, a ser interrogado no julgamento da Boate Kiss. Ele é o primeiro réu a depor e indicou que responderia às perguntas apenas do juiz Orlando Faccini Neto e de seus representantes jurídicos. Entre as primeiras questões, o réu contou um pouco sobre a vida pessoal até virar proprietário da casa noturna.

Segundo ele, nos primeiros meses administrando a casa, criou a Quinta Absoluta, onde tinha dose dupla de um drink que fez sucesso entre os universitários. "Tudo perfeito. Se lembra da Kiss só dessa parte (tragédia) e quando o cara lembra da boa, também causa uma coisa", disse com a voz embargada e os olhos cheios de lágrimas. 

Spohr falou sobre a sua família e a relação distante com o pai, que conheceu quando tinha 12 anos. De 14 para 15 anos, ele começou a tentar montar bandas, pois gostava de música desde criança. Em Santa Rosa, fez shows e gravou músicas. "Meu negócio com a noite era, até então, com a música", relembrou sobre o início da sua carreira com a banda Projeto Pantana. A partir daí, ele começou a vender apresentações de outros conjuntos musicais.

Quando chegou na Kiss, ele comprou parte da sociedade da casa por R$ 15 mil e mais um automóvel. Segundo o réu, o estabelecimento não ia bem. "Eu não entendia nada". Ele também relembrou que o antigo dono lhe deixou um caderno com anotações de funcionamento da casa e que a mãe e a irmã foram trabalhar na boate para ajudá-lo. "Meu objetivo era fazer festa boa".  

Nesta quarta-feira, teve início o interrogatório dos acusados com Elissandro Spohr. Os demais réus permanecerão no plenário. Para esta quinta-feira, a ordem do interrogatório será de Luciano Bonilha, ex-produtor da banda Gurizada Fandangueira, Mauro Hoffman, outro sócio da boate, e Marcelo Santos, vocalista do grupo musical. 


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