SUS oferece nova medicação para pacientes com esclerose múltipla
Remédio reduz surtos e progressão da doença
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A esclerose múltipla é uma doença autoimune que acomete o sistema nervoso central, mais especificamente a substância branca, causando desmielinização e inflamação. De acordo com Ministério da Saúde, afeta usualmente adultos na faixa de 18-55 anos de idade.
No Brasil, sua taxa de prevalência é de aproximadamente 15 casos por cada 100 mil habitantes . Há quatro formas de evolução clínica: remitente-recorrente (EM-RR), que representa 85% de todos os casos no início, primariamente progressiva (EM-PP), primariamente progressiva com surto (EM-PP com surto) e secundariamente progressiva (EM-SP).
O quadro clínico se manifesta, na maior parte das vezes, por surtos ou ataques agudos, podendo entrar em remissão de forma espontânea ou com o uso de corticosteroides. Os sintomas mais comuns são neurite óptica, paresia ou parestesia de membros (refere-se às sensações cutâneas como formigamento, pressão, frio ou queimação), disfunções da coordenação e equilíbrio, mielites, disfunções esfincterianas e disfunções cognitivo-comportamentais, de forma isolada ou em combinação. Recomenda-se atentar para os sintomas cognitivos como manifestação de surto da doença, que atualmente vem ganhando relevância neste sentido.
Tratamento
O SUS atualmente oferece seis medicamentos para o tratamento da doença. Além deste novo remédio, as betainterferonas e o acetato de glatirâmer, que são os medicamentos de primeira escolha, oferecem menores riscos aos pacientes durante o tratamento. As outras opções, fingolimode e natalizumabe são reservados para pacientes que não obtiveram resposta às opções iniciais.
O SUS oferece ainda 277 hospitais habilitados como Unidade de Assistência ou Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia, no Brasil.