Taxa de ocupação atinge 103,7% nas UTIs do Litoral Norte do Rio Grande do Sul

Taxa de ocupação atinge 103,7% nas UTIs do Litoral Norte do Rio Grande do Sul

Rede de saúde opera acima da capacidade na região 

Christian Bueller

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A rede de saúde do Litoral Norte continua operando acima de sua capacidade. Há 85 pessoas para os 82 leitos de UTI adulto disponíveis, o que representa uma taxa de 103,7%. Já a ocupação de leitos clínicos Covid fora da UTI é de 120,3%. Com a primeira morte por coronavírus registrada em Mampituba, todos os 23 municípios da região têm registro de mortes em decorrência da doença. O total até o momento é de 681 vidas perdidas e 37.825 casos confirmados. 

Com exceção do Hospital São Luiz, em Mostardas, as outras instituições de saúde do Litoral estão com demanda de 100% ou superior. Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, e o São Vicente de Paulo, em Osório, atingiram a totalidade de seus leitos operacionais. Já os hospitais Santa Luzia (106,2%), em Capão da Canoa, Hospital Tramandaí (102,8%) e São José (220%), em Palmares do Sul, extrapolaram suas vagas. 

Nesta semana, a secretária Estadual de Saúde, Arita Bergmann, anunciou a abertura de dez leitos de UTI no hospital de Santo Antônio da Patrulha, desafogando o cenário crítico naquele município.

Conforme boletim divulgado pela 18ª Coordenadoria Regional da Saúde (CRS), foram notificados em 24 horas, 19 óbitos (quatro em Tramandaí, três em Capão da Canoa e Torres, dois em Maquiné e um Arroio do Sal, Capivari do Sul, Cidreira, Palmares do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Terra de Areia e Três Cachoeiras). Há 5.232 pacientes com a doença ativa e 286 internados.

Destes, 62 pacientes aguardando um leito de UTI e 44 aguardando um leito clínico. A região também registrou em Imbé e Torres a presença da variante P1, originária de Manaus, no Amazonas, e que está associada ao maior contágio e aumento do número de casos graves.

Bandeira preta 

No último encontro de prefeitos da Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte), ficou estabelecido a maciça adesão às restrições estipuladas no sistema de bandeira preta do distanciamento controlado do governo do RS. “Da semana passada para cá, deu uma melhorada para nós, restringindo banho de praia e algumas áreas de lazer”, contou o presidente da entidade, Flori Werb, prefeito de Itati (PP). 

Para as cidades que estiverem em situações mais difíceis, são permitidas a adaptarem o comércio no final de semana, inclusive em relação aos que vendem produtos essenciais. É o caso do município de Imbé, que determinou o fechamento de todos os estabelecimentos privados, sejam comerciais, industriais e de serviços, exceto aqueles serviços de atenção à saúde humana, serviços de assistência social e serviços de funerárias.

Supermercados somente poderão trabalhar no sistema de telentrega e farmácias trabalharão com teleatendimento, telentrega e atendimento na porta (pegue e leve). “O que estamos fazendo não é para prejudicar ninguém, e sim, para ter atitudes que venham a barrar o contágio por essa doença que está vitimando muitas pessoas não apenas na nossa cidade, mas em todo o mundo”, disse o prefeito Ique Vedovato (MDB).


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