TJ-RS afasta Gamp da gestão da saúde em Canoas
Juiz apontou que "fatos extremamente graves" apontam para superfaturamento
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"As investigações realizadas pelo Ministério Público revelam fatos extremamente graves, pois, além das vultosas quantias envolvidas nas contratações (...), com repasse de mais de R$ 16 milhões mensais, demonstram a prática, em tese, de superfaturamentos na aquisição de medicamentos e insumos e a malversação de verbas públicas", apontou Tonet. Ele também salientou a "defeituosa prestação dos serviços de saúde à comunidade".
Por conta da suspensão, o Gamp também não terá direito a qualquer remuneração oriunda de verbas públicas de Canoas. O grupo era responsável pelo Hospital de Pronto Socorro de Canoas, pelo Hospital Universitário; além das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Caçapava e Rio Branco e das Unidades de Atendimento Psicossocial (CAPS) Recanto dos Girassóis, Travessia, Amanhecer e Novos Tempos.
A investigação do Ministério Público apontou a suposta ocorrência de desvios de recursos da prefeitura de Canoas, que seriam destinado à saúde pública para contas bancárias de pessoas ligadas ao Gamp. A análise técnica do Laboratório de Tecnologia de Lavagem de Dinheiro do Núcleo de Inteligência do MP teria indicado que, de dezembro de 2016 até agora, a Prefeitura transferiu R$ 426 milhões para o Gamp. Deste valor, suspeita-se que pelo menos R$ 40 milhões foram desviados para contas pessoais de integrantes do esquema.