Trabalhadores do Imesf transferem decisão sobre greve

Trabalhadores do Imesf transferem decisão sobre greve

Paralisação será votada após reunião com o governo municipal

Eduardo Amaral

Decisão foi tomada na noite desta quinta-feira, em assembleia na Igreja Pompeia, no centro da Capital

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Os trabalhadores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) dd Porto Alegre decidiram adiar a votação de uma greve por tempo indeterminado. A medida foi tomada durante assembleia do Sindisaúde/RS realizada na noite desta quinta-feira, na igreja Pompéia, no centro da Capital.

Ao não entrar greve, o Sindsaúdd/RS espera uma postura mais flexível por parte do governo Nelson Marchezan Júnior, como explica o presidente do Sindicato, Julio Jessien. "Desde o princípio a gente vem buscando a negociação com o Executivo, então no último encontro com os deputados ele (Marchezan) disse que não negociaria enquanto tivesse greve, isso abriu negociação." Jessien espera que o diálogo prometido pelo governo seja efetivado em ações. "Tivemos uma mediação e nela a gente é firmou alguns dos compromissos importantes na categoria, como por exemplo a extensão dos direitos coletivos e além disso as punições  que foram aplicadas nesse período serão revistos por que nós estávamos no período legal de greve, então não poderia o ter aplicado punições".

O presidente acredita que conseguirá  reverter as punições já sofridas por alguns dos funcionários. Uma reunião com a presença de quatro Ministérios Públicos (MPRS,MPF, MPC/RS e  MPT) está agendada para o dia 31 de outubro, porém Jessien diz que o Sindisaúde/RS vai protocolar hoje um pedido de reunião antes dessa data com o governo.

Na assembleia desta quinta-feira O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) esteve presente. Esta foi a primeira vez que os representante dos médicos participaram do encontro e, de acordo com a diretora do Simers, Adriele Andrés, os médicos seguirão o que for decidido na assembleia do Sindisaúde. "Foi decidido que os médicos vão acompanhar a decisão de todos os demais trabalhadores do Imesf."

De acordo com ela, o Simers recebeu diversas reclamações de médicos que tem se sentido pressionados dentro das unidades de saúde. Na avaliação de Adriele, o governo está se antecipando e não se preparou de forma adequada para a crise. "O prefeito não se preparou de forma adequada para essa transição, o que está causando uma insegurança jurídica. Até porque a decisão  ainda não transitou em julgado e o prefeito quer adiantar as demissões em massa, e somos contra Isso."


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