Transportadores escolares pedem apoio para superar perdas com a paralisação do serviço

Transportadores escolares pedem apoio para superar perdas com a paralisação do serviço

Manifestantes da categoria foram às ruas pleitear uma linha de crédito e isenção da cobrança de taxas para reduzir impactos da Covid-19

Gabriel Guedes

Cerca de 280 vans e micro-ônibus foram às ruas de Porto Alegre

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Sem as aulas da rede pública e privada de ensino, devido à interrupção pelo Covid-19, os trabalhadores do transporte escolar estão buscando urgentemente por ajuda. Na tarde desta terça-feira, cerca de 280 vans e microônibus foram às ruas de Porto Alegre para pleitear uma linha de crédito e isenção da cobrança de taxas para poder enfrentar a pandemia e reduzir as perdas com a paralisação do serviço. A carreata iniciou por volta das 14 horas, em um estacionamento ao lado do Estádio Beira-Rio, e percorreu um trajeto até o Palácio Piratini e terminou em frente à Prefeitura da Capital. O grupo foi escoltado pela Brigada Militar, Guarda Municipal e agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Havia a expectativa de que a iniciativa provocasse problemas no trânsito da Capital, mas não houve registro de congestionamentos.

No Palácio Piratini, representantes do Sindicato do Transporte Escolar de Porto Alegre (Sintepa) e da Associação de Transporte Escolar de Porto Alegre, protocolaram um documento na Casa Civil, solicitando uma linha de crédito especial. “Reconhecemos a dificuldade do governo do estado em ajudar todos os setores. Então nós deliberamos em conjunto com a categoria, a facilidade de uma linha de crédito, que será reposto integralmente ao governo após a pandemia. É um empréstimo à categoria”, explica o assessor para assuntos institucionais do Sintepa, Jaires Maciel. Enquanto o grupo entregava o documento, os motoristas passavam buzinando em frente ao local.

Na sequência, o grupo se deslocou até a Prefeitura. Novamente, buzinaço marcou a ação, chamando a atenção de quem estava por perto, em frente a Praça Montevidéu. Segundo a presidente da associação, Katia Henriques, os motoristas seguem pagando todas as taxas municipais. “Elas seguem sendo cobradas. A isenção foi aprovada na Câmara de Vereadores, mas está desde abril aguardando a sanção do prefeito. O que a gente pede é isso, para que ao menos minimize crise financeira que a gente está passando”, defende Katia.

De acordo com Katia, pelo menos 300 motoristas associados estão enfrentando uma situação bastante difícil. “Fomos a primeira categoria a parar diante da pandemia, com as escolas, e provavelmente seremos a última a voltar. Desde então, a gente conta apenas com a solidariedade dos pais, que muitos, apesar de estarem com pouca renda, não deixaram de honrar seus compromissos. Infelizmente, outros não conseguiram manter e tiveram que cancelar o transporte. E hoje viemos aqui mostrar que a categoria é importante e centenas de famílias dependem desta renda”, defende.


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