Tratamento dos resíduos sólidos passa pela educação ambiental

Tratamento dos resíduos sólidos passa pela educação ambiental

Secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura alertou para descarte irregular de máscaras

Cláudio Isaías

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O tratamento dos resíduos sólidos no Rio Grande do Sul e no Brasil passa por um fortalecimento e difusão da educação ambiental. É fundamental que a sociedade entenda e respeite a temática ambiental. A avaliação foi feita pelo secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos, que hoje participou do Bom Dia, Engenharia, que discutiu o Novo Marco Regulatório de Saneamento: tratamento de resíduos sólidos.

"O plástico foi parar nos oceanos porque houve um descarte irregular. Com a  pandemia da Covid-19, vimos que não é mais o plástico que está nos oceanos, mas sim as máscaras. Neste contexto, a educação ambiental é de extrema importância", ressaltou. 

Segundo Lemos, na busca da conversão do resíduo sólido para a produção de energia acaba ocorrendo uma preocupação das cooperativas de catadores e separadores porque muitos têm no produto a sua sobrevivência. "Estamos conversando com todos os atores envolvidos no processo", explicou. Lemos lembrou que a Fepam realizou ações com os municípios gaúchos para que fossem eliminados grande parte dos lixões. O evento foi organizado pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs).

O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho, destacou que na lista de desejos dos brasileiros está a universalização do acesso ao serviço de saneamento básico e a destinação correta dos resíduos produzidos. Segundo ele, a melhoria dos serviços de saneamento e a destinação correta de resíduos têm que ser implantadas junto com políticas que estimulem a captação e o reaproveitamento desses gases poluentes para a geração de energia. Segundo a Abrelpe, o Brasil tem potencial para produzir mais de 280 megawatts de energia a partir do biogás capturado em unidades de destinação de resíduos sólidos, o que daria para abastecer cerca de 1,5 milhão de pessoas. 

O encontro com mediação do presidente da Sergs, Luís Roberto Ponte, contou com as presenças de de Roswitha Meyer e Udo Stein, ambos Expert do SES - Senior Expert Service, da Alemanha, e do diretor Executivo Câmara Brasil-Alemanha no RS, Dietmar Sukop. Ponte ressaltou que com a recente aprovação do novo marco regulatório do Saneamento ficou definido novas regras para a universalização dos serviços de água, esgoto e também para a erradicação dos lixões. Com isso, segundo ele, está aberta uma nova fronteira da engenharia para todos os tipos de reciclagem e tratamento de resíduos sólidos e o seu aproveitamento através de produção de energia, materiais recicláveis, adubos e outras possibilidades.


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