Trensurb não opera todos os 15 trens climatizados, 5 anos após aquisição

Trensurb não opera todos os 15 trens climatizados, 5 anos após aquisição

Atualmente, parte da frota de veículos funciona em horários intercalados enquanto outra passa por manutenções

Milena Braga (estagiária sob supervisão de Bernardo Bercht)

Atualmente, a tarifa da Trensurb é de R$ 4,20

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Quase cinco anos depois de serem adquiridos, os 15 veículos novos com ar condicionado da Trensurb ainda não circularam pela Região Metropolitana de Porto Alegre ao mesmo tempo. Atualmente, parte da frota de veículos funciona em horários intercalados e, segundo a assessoria de comunicação da Trensurb, nessa quinta-feira apenas sete estavam operando, em dia de intenso calor.

Em março de 2015, a empresa recebeu o último trem, adquirido em consórcio com a FrotaPoa. A estimativa inicial era de que eles já estariam em pleno funcionamento em poucos meses. 

De acordo com a empresa, os motivos seriam “manutenções periódicas e avarias”. Alguns vagões precisam de uma substituição de válvulas de nivelamento e outros estão com problemas no suporte de vela. Segundo a assessoria, os reparos estão sendo feitos pelo consórcio fornecedor e devem estar concluídos entre o final de janeiro e começo de fevereiro. 

Ainda segundo informações da assessoria, três trens que estavam parados voltarão a circular já a partir da próxima semana. 

O calor nos trilhos

Com temperaturas que variam entre 37°C e 40°C no Rio Grande do Sul, a falta de trens com ar condicionado causa desconforto nos usuários. A estudante Gabriela Oliveira, de 33 anos, utiliza o transporte metroferroviário todos os dias para ir e voltar do cursinho e diz que raramente consegue utilizar os trens novos, a não ser que espere por eles. Usuária frequente, ela afirma que o funcionamento dos trens é “uma questão mais de respeito aos usuários”.

 Atualmente, a tarifa da Trensurb é de R$ 4,20. O valor da passagem passou por um reajustes de quase R$ 1,00 em menos de um ano. Em 2018 ela já havia subido de R$ 1,70 para R$ 3,30 após dez anos sem sofrer alterações. Os motivos, na época, seriam a recuperação e melhoria dos sistemas operacionais entre outras reformas.

 


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