Unimed Porto Alegre alerta para maior chance de contaminação por coronavírus em fumantes

Unimed Porto Alegre alerta para maior chance de contaminação por coronavírus em fumantes

Tema "Tabagismo em tempos de isolamento social" foi discutido em live do Programa Viver Bem

Christian Santos da Silva

Tema "Tabagismo em tempos de isolamento social" foi discutido em live do Programa Viver Bem

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A Unimed Porto Alegre iniciou, nesta semana, uma série de lives pelo Programa Viver Bem, por meio de sua conta no Facebook. Especialistas usarão o espaço virtual para tratar sobre diversos temas relacionados à saúde e bem-estar. Na primeira edição, as médicas Irma Rossa e Sílvia Kretzer participaram do encontro virtual para discurtir o tema “Tabagismo e Covid-19: tabagismo em tempos de isolamento social”. A mediação foi do gerente executivo de Relações Institucionais da cooperativa, Gerson Silva.

O Dia Mundial Sem Tabaco, no 31 de maio, motivou este bate-papo inicial. Irma lembrou que cerca de 8 milhões de pessoas morrem por ano vítimas do tabagismo no mundo. “Somente no Brasil, são 428 por dia. É uma lista de 27 doenças que estão relacionadas. Não é só a nicotina que faz mal. O cigarro tem mais de 4 mil substâncias químicas, e quando está aceso elas podem se transformar em mais de 7 mil”, apontou, lembrando que o pulmão, órgão mais lesado pelo tabagismo também é o mais afetado pela Covid-19.

Para a médica, o cigarro faz mal da “cabeça aos pés”. “A vascularização da pessoa que fuma é deficiente, o que ocasiona desde a perda de cabelo até a possibilidade de fungo nos pés”, exemplificou. Quanto ao novo coronavírus, o fumante tem mais chance de se contaminar do que alguém que não fuma e, por isso, precisa ser mais severo quanto à higiene.

Conforme lembrou Sílvia, o tabagismo não é somente uma questão de morte, mas também de qualidade de vida. “Se equivale à diabetes ou uma doença cardiovascular instalada, tamanha a sua potência no desenvolvimento de lesões no corpo”, salientou. A médica, assessora do Programa Viver Bem da Unimed Porto Alegre, salienta a dificuldade de quem não consegue parar o vício. “Quem está do lado, um familiar ou amigo, tem que ter empatia e se mostrar disponível para entender o problema”, contou Silvia. Ela alerta sobre as consequências do cigarro em quem contrai a Covid-19. “Algumas pessoas podem ficar tolerantes à falta de oxigênio. Dependendo do tabagista, não sinta muita diferença. Tem que ficar vigilante”.

A Unimed Porto Alegre oferece o programa Viver Bem Sem Cigarro. Para participar do programa, o interessado deve realizar inscrição pelo telefone 4004-2040. O Rio Grande do Sul está entre os Estados que possui grande incidência de tabagismo: Porto Alegre fica em terceiro lugar entre as capitais com maior número de fumantes do país e em primeiro quando avaliados os fumantes pesados (mais de 20 cigarros por dia).


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