UPAs seguem superlotadas e atendem somente casos graves em Porto Alegre

UPAs seguem superlotadas e atendem somente casos graves em Porto Alegre

Situação se repete a vários dias na Capital gaúcha 

Cláudio Isaías

UPAs prosseguem com um quadro de superlotação e atendimento somente de casos graves

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As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Porto Alegre prosseguem com um quadro de superlotação e atendimento somente de casos graves. Na UPA Moacyr Scliar, na zona Norte da Capital, quem procurou a unidade de saúde foi informado sobre a situação que se repete a vários dias. 

No portão da unidade, localizada na rua Jerônimo Zelmanovitz, administração da instituição de saúde colocou um cartaz nos dois portões - na entrada da UPA e no de acesso a ambulâncias com a seguinte mensagem: "A direção do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) informa que, devido a atual situação da pandemia da Covid-19, a UPA Moacyr Scliar, na zona Norte, encontra-se com a capacidade operacional esgotada no momento. O acúmulo de pacientes em observação ultrapassou a capacidade física de atendimento, com ocupação plena dos equipamentos disponíveis e a mobilização de toda a equipe assistencial". O comunicado diz que "Tal situação impede a aceitação de novos pacientes enquanto perdurar a lotação". 

A UPA Moacyr Scliar, uma das mais movimentadas de Porto Alegre, seguia neste domingo com um quadro de superlotação e com o atendimento de casos de maior gravidade. Um total de 69 pacientes estavam em observação, seis deles em ventilação mecânica e 18 aguardavam transferência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

A gerente da UPA, Jaqueline Cesar Rocha, informou que devido ao volume de pacientes em observação e a gravidade dos mesmos, a unidade estava com restrição máxima e recebendo casos de risco muito elevado. Na frente da unidade, um técnico de enfermagem fornecia informações aos familiares que aguardavam no local sobre o estado de saúde dos pacientes. 

Na Unidade de Pronto Atendimento da Bom Jesus, o local estava superlotado. Quem procurou o local foi orientado pelos funcionários a procurar a sua unidade de saúde de referência. No Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul, a situação não foi diferente. Pelo menos 20 pessoas esperavam atendimento e não estavam aglomeradas no pátio da instituição de saúde. A movimentação de pacientes estava concentrada no setor de traumatologia. 

A mesma situação aconteceu na Unidade de Pronto Atendimento da Lomba do Pinheiro, na zona Leste, com o atendimento somente de casos graves. Quem procurou o serviço foi atendido na entrada do ambulatório e informando sobre a lotação na instituição de saúde.  


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