UTIs de Porto Alegre registram menor taxa de ocupação desde o dia 15 de julho
Com 85,8% de leitos ocupados, sistema hospitalar da Capital segue tratando 302 casos de Covid-19
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As UTIs de Porto Alegre registraram nessa quinta-feira o índice de ocupação mais baixo em mais de um mês. No começo da noite, 85,8% dos leitos estavam ocupados, marca que não era alcançada desde 15 de julho, quando o percentual era de 84,7%. No entanto, é preciso fazer a ressalva de que o percentual tem relação direta com um maior número de leitos disponibilizados. Quinta-feira, por exemplo, eram 857, contra 756 oferecidos em 15 de julho.
Se a oferta de leitos, que tem sido maior que a demanda, é uma boa notícia, por outro lado a situação da Covid-19 nas UTIs não vê sinais de melhora consistente. Uma curva descendente de internações por Covid chegou a se desenhar na semana passada, mas os números voltaram a crescer nos últimos dias.
Nesta quinta, entre casos suspeitos e confirmados, eram 360 leitos de UTIs ocupados na capital, um índice de 50,2%, o mesmo da véspera, quando depois de uma sequência de oito dias de percentuais abaixo dos 50%, os casos voltaram a responder por mais da metade das ocupações.
O hospital com maior número de internações relacionadas à Covid-19 é o Hospital de Clínicas, com 96, entre suspeitos e confirmados. A médica intensivista na UTI Covid do hospital, Thais Buttelli, afirma que ainda é cedo para fazer uma previsão a médio e longo prazo.
“O que temos percebido dos últimos cinco dias é uma diminuição na demanda por leitos de UTI, mas não é uma redução muito expressiva. Em julho tivemos uma média de 15 solicitações por dia de leitos de UTI e em agosto a média está em 13,7, caiu um pouco, mas não é uma queda significativa”, destaca a médica, revelando que nos últimos dias essa média caiu para sete ou oito.