Vacinação de crianças contra Covid-19 inicia nesta quarta-feira no Rio Grande do Sul
Imunizantes serão aplicados em crianças entre 5 e 11 anos com comorbidades
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Após a chegada do primeiro lote de imunizantes contra a Covid-19 destinado ao uso pediátrico, o governo do Estado inicia nesta quarta-feira a vacinação das crianças entre 5 e 11 anos com comorbidades - como hipertensão, diabetes ou asma -, além de crianças indígenas e quilombolas.
Com a primeira remessa de 59,1mil doses, a expectativa da Secretaria Estadual da Saúde (SES) é vacinar ao menos parte dos 96.427 meninos e meninas que compõem esse grupo. Mesmo com atraso na chegada dos lotes do imunizante, o governo pretende garantir a vacinação de boa parte das crianças até março.
Adjunta da Secretaria Estadual da Saúde, Ana Costa explica que a pasta capacitou e certificou vacinadores, além de avaliar junto com municípios os planos de operacionalização locais. "Entendemos que era preciso priorizar a segurança e a organização prévia e rigorosa de uma vacinação segura. Às vezes pode parecer um atraso, mas nos parece que foi um cuidado muito bem observado, dando tranquilidade para que na quarta-feira todos os pais se dirijam às unidades de saúde", destaca. Até março, a ideia é vacinar boa parte das crianças.
Mesmo com a vacinação, Ana alerta para a importância de manter os protocolos sanitários obrigatórios e recomendados para evitar a disseminação da variante ômicron, como uso de máscaras e higienização das mãos. "Queremos que o início das aulas aconteça sem prejuízos a aprendizagem e com as seguranças que precisam ser mantidas", reforça. Ana descartou a possibilidade de o Rio Grande do Sul exigir comprovante de vacinação das crianças. "O RS tem tido como conduta sempre a questão mais pedagógica, com orientação, e menos punitiva", compara.
Ela ressalta que o Estado deve adotar a mesma política executada no início da vacinação dos adultos, tirando dúvidas e orientando sobre a importância da vacina. "Os resultados no RS da vacinação nos adultos se mostraram muito eficientes. Esperamos que a gente possa fazer isso também com as nossas crianças sem precisar ter esse 'olhar punitivo'", observa. "Acreditamos no diálogo, na orientação e na tranquilidade das famílias para fazer com que todos possam se vacinar. Esse é o nosso objetivo, meta e estratégia", completa.
No que diz respeito à vacinação das crianças, ela explica que existe a recomendação para aplicação da dose em sala exclusiva, com espaço para recepção de crianças e responsáveis, que deverão permanecer no local por 20 minutos. "A segurança da vacina tem que ser somada a segurança do ato de vacinar e orientar as famílias", frisa.
Com relação à segurança da vacina, Ana destaca que o imunizante foi aprovados por todos os órgãos de controle, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Cada um precisa entender a importância desse momento e confiar na ciência. Os números mostram a segurança da vacina", salienta.
Conforme a SES, as 862.747 crianças sem comorbidades compõem o próximo grupo a ser imunizado. "Daremos sequência na vacinação de crianças com deficiência com a chegada das vacinas, que deverá acontecer na próxima semana. Depois seguiremos por idade, de maior para menor, de 11 anos em diante até chegar aos 5 anos de idade, que é o nosso foco deste momento da vacinação", afirma.
