Vacina de Oxford/AstraZeneca recebe recomendação da área técnica da Anvisa para uso emergencial

Vacina de Oxford/AstraZeneca recebe recomendação da área técnica da Anvisa para uso emergencial

Sobre a eficácia para população idosa, também são necessários novos dados, pois a amostra de participantes com mais de 65 anos foi considerada muito pequena

Correio do Povo e R7

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Assim como feito com a CoronaVac, a Gerência-Geral de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a provação do uso emergencial da vacina produzida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. A decisão também está condiconada ao monitoramento e ao acompanhamento próximo de incertezas apontadas e à reavaliação periódica do imunizante, produzido Brasil pelo Instituto Butantan.  O gerente de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, chamou atenção para o fato de que o pedido é referente ao produto fabricado pelo Instituto Serum, na Índia, que bloqueou o envio de um lote para o País na última semana. 

A área técnica indica que produtos feitos pela AstraZeneca e pelo instituto indiano têm origens diferentes – e podem gerar produtos diferentes. Em uma apresentação mais rápida, Mendes disse que os resultados mostram uma "eficácia significativa", dentro dos intervalos mínimos que são sugeridos pelas organizações internacionais para classificar as imunizações. Como o laboratório já havia divulgado, a eficácia é 70,34%. A exceção é o grupo dos idosos, pois não é permitir um cálculo de eficácia significativa, assim como ocorreu com a CoronaVac.

Quatro estudos basearam a análise da Anvisa, dois deles realizados no Reino Unido, um no Brasil e um na África do Sul. Além destes, há outros conduzidos em países como Japão, Quênia, Chile e países europeus que estão em andamento para avaliar diferentes respostas pra aferir a eficácia dessa vacina. Entre os resultados dos estudos submetidos, um dos destaques é que não houve casos de hospitalização, doença severa, necessidade de tratamento intensivo ou morte. A situação é a mesma também entre os adultos com comorbidades. "A vacina protege aqueles que têm comorbidades no sentido de não desenvolver uma doença mais grave", afrimou Leonardo Fábio Filho, da equipe de estatística da Anvisa.

Outra conclusão dos estudos é que intervalos de doses mais longos estão relacionados a respostas mais altas induzidas pela segunda dose. A maior eficácia da vacina foi associada a um maior intervalo de doses de oito e 12 semanas. Com base nas informações, no entanto, não é possível concluir sobre a eficácia quando os intervalos são menores do que oito semanas. Mais dados de intervalo de quatro a seis semanas serão submetidos a partir de análises de estudos em andamento. 


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