Veleiro argentino continua desaparecido na costa brasileira

Veleiro argentino continua desaparecido na costa brasileira

Marinha e Força Aérea trabalham em conjunto para localizar embarcação

Hygino Vasconcellos / Correio do Povo

Veleiro argentino Tunante II está desaparecido no oceano Atlântico, próximo a Rio Grande

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A Força Aérea Brasileira (FAB) deu continuidade nesta quinta-feira as buscas ao veleiro argentino Tunante II, que está à deriva a 180 milhas de Rio Grande, o equivalente a 360 quilômetros. Dois aviões sobrevoam a área, em regime de revezamento, mas até o momento nada foi localizado. Um rebocador Triton, da Marinha, está em deslocamento desde terça-feira para a região, mas ainda não chegou ao ponto em que estaria o veleiro.

O trabalho da FAB é realizado com as aeronaves P3 Orion e P5 Bandeirante. A primeira realiza a varredura noturna, que teve início ainda na noite de quarta-feira. O P3 é de Salvador, mas estava no Rio de Janeiro, de onde partiu para o Rio Grande do Sul. Segundo a FAB, esta aeronave tem autonomia de voo de até 16 horas. Já o P95, que veio de Florianópolis, pode permanecer no ar por até 7h30min.

A embarcação levava quatro pessoas. Conforme o jornal argentino El Clarín entre eles está o oftalmologista Jorge Benozzi, médico reconhecido na Argentina. Os outros três são genro de Benozzi, Mauro Cappucio e dois amigos de infância do médico: Alejandro Vernero e Horacio Morales.

Já segundo o canal de televisão argentino TN, que entrevistou a filha do médico, Giovanna Benozzi, o veleiro foi surpreendido por uma tempestade que quebrou o mastro da embarcação, deixando-a sem as velas. Ela explicou para o canal TN que conseguiu falar com pai por um celular via satélite, mas que a bateria do equipamento terminou e foi interrompido o contato. Giovanna observou que a embarcação teria suprimentos suficientes para cerca 15 dias.

O Tunante II saiu de Buenos Aires na sexta-feira passada, segundo o jornal El Clarín e teria como destino o Rio de Janeiro. O veleiro, que tem 12,5 metros de comprimento, fez o primeiro contato com o Serviço de Busca e Salvamento (Salvamar) da Marinha às 15h50 de terça-feira. O navio mercante Selje, de bandeira da Noruega, que passava pelo local, está auxiliando os trabalhos de buscas e deve permanecer na área até a chegada do rebocador. O último contato visual do Selje ao veleiro foi às 4 horas de quarta-feira.

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