Vereador quer impedir leilão do antigo Hospital Álvaro Alvim, em Porto Alegre

Vereador quer impedir leilão do antigo Hospital Álvaro Alvim, em Porto Alegre

Leilão está marcado para o dia 27 de abril

Felipe Faleiro

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Autoridades de Porto Alegre buscam uma reunião com o Ministério Público Federal (MPF) e com o Tribunal de Contas da União (TCU) para interromper o leilão do terreno e do prédio do Hospital Álvaro Alvim, no bairro Rio Branco, na Capital.

O local, que já pertenceu à Ulbra e fez parte da estrutura do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, está abandonado desde o começo da pandemia, e foi posteriormente devolvido à União. O valor do leilão, marcado pelo governo federal para o dia 27 de abril, é de R$ 17,2 milhões, considerado muito abaixo do que realmente vale o complexo.

As constatações foram levantadas durante uma reunião nesta segunda-feira, na Câmara Municipal. Participaram dela o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT), o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont, o vereador da Capital Jonas Reis (PT), representações dos deputados estaduais Sofia Cavedon e Pepe Vargas (ambos do PT), e as conselheiras Débora Melecchi, do Conselho Nacional da Saúde, e Inara Ruas, do Conselho Estadual de Saúde.

“Quando a última revitalização do hospital foi feita, há menos de dez anos, só na obra foram investidos R$ 10 milhões”, salientou Reis. O terreno tem 9,6 mil m², e a área construída é de 10,4 mil m². De acordo com o vereador, a ideia é que o local volte a funcionar e se transforme em um centro de referência para o tratamento de pacientes que tiveram sequelas da Covid-19, ou de especialidades diversas. “A gente acredita que este hospital pode servir muito a Porto Alegre”, reforçou ele.

Pont, que mora no entorno e entrou com representação no MPF, disse que foram feitas inclusive reuniões de condomínio, além de constantes contatos com a polícia e Guarda Municipal, mas a situação não foi resolvida. “Às vezes você acorda de madrugada e escuta o barulho das marretas. As pessoas que invadem lá dentro tiraram esquadrias e a fiação”, disse o ex-prefeito.

Não é de hoje que o antigo complexo hospitalar representa uma preocupação para moradores do entorno, em razão destas invasões, furtos e de abrigar usuários de drogas. Na época do Clínicas, a chamada Unidade Álvaro Alvim (UAA) contava com 60 leitos, antes de ser desativada pela instituição, em processo que foi acelerado pela Covid-19.

O HCPA administrava o serviço de atendimento a usuários de drogas, além do apoio à emergência do hospital-mãe. Hoje, as principais entradas estão fechadas com cadeado e há lixo e entulho espalhados por toda parte.


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