Vereadora protocola projeto para flexibilizar máscaras em ambientes fechados em Porto Alegre

Vereadora protocola projeto para flexibilizar máscaras em ambientes fechados em Porto Alegre

Documento foi encabeçado por Cláudia Araújo, que também é presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente

Felipe Nabinger

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A retirada da obrigação do uso de máscaras em indústrias, comércios e locais de prestação de serviço em Porto Alegre é pauta de Projeto de Lei protocolado na última terça-feira pela vereadora Cláudia Araújo. Caso aprovada, a lei desobrigará a utilização do item de proteção inclusive nos  órgãos públicos municipais, ambiente e veículos de uso público. “Temos 85,5% da população vacinada com no mínimo duas doses. Há uma demagogia muito grande pois todo mundo faz reuniões sem máscara, vai aos estádios sem máscara, vai para restaurantes e praia e na hora da foto veste a máscara”, explica a vereadora, presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (COSMAM). 

Cláudia frisa que a lei não se aplicaria às pessoas imunodeprimidas, com comorbidades de alto risco, não vacinadas ou com sintomas de síndrome gripal, de quem poderia ser exigido o uso de máscaras. “Não sou contra a máscara nem contra a vacina. A ciência é importante e precisamos imunizar a população. Mas eu acho que temos que dar o direito de quem não tem comorbidade a de não usar. Precisamos voltar a vida”, enfatiza.

O Projeto de Lei passará pelos trâmites da Câmara de Vereadores, mas, segundo a proponente, após voltar da análise das comissões será pedida votação em caráter de urgência. “Vamos pedir a priorização por ser de interesse comum. Temos que nos adequar à realidade”, afirma. A vereadora afirma que, em caso de variantes ou novos picos da Covid-19 o posicionamento pode ser revisto. “Vale ressaltar que a liberdade do cidadão de continuar usando a máscara é de livre escolha do indivíduo”, diz Cláudia.

Integrante da COSMAM e líder da oposição na Câmara, Aldacir Oliboni é contrário à proposta. “Se não tivermos dados científicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) isso não procede. Seria uma irresponsabilidade. Ainda com três doses da vacina estamos propensos a contrair a ômicron. O distanciamento e o uso de máscara em ambientes internos e externos ainda é fundamental” avalia.


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