Governo do RS firma compromisso de marcar audiência sobre recomposição salarial de professores

Governo do RS firma compromisso de marcar audiência sobre recomposição salarial de professores

Chefe da Casa Civil teve encontro tenso com representates do Cpers nesta sexta-feira

Felipe Samuel

Professores realizaram assembleia e caminhada de protesto nesta sexta

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O governo do Estado confirmou nesta sexta-feira que, até o meio-dia de terça, deverá anunciar a data para uma reunião com o Cpers Sindicato para discutir a proposta apresentada pelos professores de recomposição salarial de 28,78% e abertura de concurso público para professores e funcionários. A garantia foi dada pelo chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, após encontro tenso, de uma hora e meia, com a direção da categoria no Palácio Piratini.

Pelo menos 3 mil professores partiram em caminhada, após assembleia geral na Casa do Gaúcho, onde definiram os principais pontos de reivindicação da categoria: recomposição salarial de 28,78%, manutenção de estado de greve e paralisação das atividades caso o pagamento dos salários não seja feito em dia. No encontro, a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, e os dirigentes da entidade insistiram por uma reunião com o governador Eduardo Leite.

Mesmo pressionado, Otomar reiterou o respeito pela categoria e assegurou que até terça-feira responderá a demanda dos professores e informará a data da audiência para tratar dos temas. Conforme Helenir, o Cpers saiu satisfeito do encontro. "Foi uma audiência tensa, dura, mas foi uma vitória ter o compromisso do secretário de nos comunicar dia, hora e local para começarmos a discussão com o governo. Não foi fácil, foi um diálogo tenso, porém respeitoso", afirma.

Helenir explica que os 28,78% exigidos referentes à recomposição salarial vão atenuar as perdas da categoria. "Vai nos dar as mesmas condições de compra que nós tínhamos em novembro de 2014. Portanto, nós queremos essa reposição, que não é reajuste", ressalta. A dirigente reforça a ameaça de paralisar as atividades da categoria caso o governo continue quitando os salários após o último dia útil. "Se o governador não pagar no último dia de abril, por exemplo, no primeiro dia útil de maio paramos", alerta.

Em meio às discussões no Palácio Piratini, Otomar Vivian - que chegou a trocar farpas com um dirigente que o acusou de "enrolar" a categoria - explicou que até meio-dia de terça-feira o governo apresentará uma resposta sobre o dia em que ocorrerá a audiência com o governador. "Fiz questão de recebê-los no meu gabinete pois tenho a certeza do diálogo pela relação de confiança que sempre tivemos. Levarei para conhecimento do governador, que também trabalha com a disponibilidade sincera de diálogo", garante.


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