Índia perde contato com sonda e missão de pouso na Lua falha

Índia perde contato com sonda e missão de pouso na Lua falha

Nação seria a quarta na história a realizar tal façanha, depois dos EUA, da União Soviética e da China

Correio do Povo

Descida da sonda Vikram estava em andamento conforme o planejado quando a comunicação do lander com a estação terrestre foi perdida

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A Índia perdeu, neste sábado (data local), a comunicação com sua sonda Vikram pouco antes do horário em que ela deveria pousar perto do polo sul da Lua, o que tornaria o país a quarta nação na história a realizar tal façanha, depois dos EUA, da antiga União Soviética e da China. No início desta semana, o módulo de pouso havia se separado do orbital Chandrayaan-2 antes de iniciar sua viagem solitária à superfície. O sinal se perdeu depois que sua trajetória começou a se desviar do caminho planejado, e o silêncio se estabeleceu sobre a multidão reunida no centro de controle da missão em Bengaluru. "A descida estava em andamento conforme o planejado e foi observado um desempenho normal", informou a Organização Indiana de Pesquisa Espacial.

"Posteriormente, a comunicação do lander com a estação foi perdida. Os dados estão sendo analisados", completou a instituição em publicação nas redes sociais. Embora os detalhes ainda não tenham surgido, acredita-se que a sonda colidiu com o satélite natural da Terra. Cerca de quatro horas após o pouso, Vikram deveria estender uma rampa, permitindo que um pequeno veículo de seis rodas chamado Pragyan ingressar no astro.

Equipado com câmeras e dois espectrômetros, o veículo teria explorado a lua e enviado uma grande quantidade de dados de volta. A missão deveria durar pelo menos um dia lunar, ou 14 dias terrestres, até a noite cair e as temperaturas despencarem. Durante o período, Pragyan poderia viajar até meio quilômetro de distância. Além de ser uma fonte de orgulho nacional, os projeto poderia ter fornecido informações cruciais para ajudar nos planos futuros de exploração espacial em todo o mundo.

Apesar de jovem, o programa espacial chinês é embicioso: em 2008, o país lançou a espaçonave Chandrayaan-1 à órbita lunar pela primeira vez. Em seguida, veio sua missão Mars Orbiter, que chegou em órbita ao redor do planeta vermelho em 2014. Seu maior marco seria pousar na lua. "Não é uma coisa pequena o que conseguimos", disse o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, dirigindo-se à multidão decepcionada no centro de controle. "Sejam corajosos", incentivou.


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