AIEA pede o fim das "ações" contra usinas nucleares na Ucrânia

AIEA pede o fim das "ações" contra usinas nucleares na Ucrânia

No território ucraniano há 15 reatores em quatro usinas nucleares.

AFP

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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou, nesta quinta-feira (3), uma resolução pedindo à Rússia que "cesse imediatamente todas as ações" em usinas nucleares na Ucrânia, depois de invadir o país em 24 de fevereiro. O texto também "lamenta as ações da Federação Russa na Ucrânia, incluindo a tomada à força de instalações nucleares e outras ações violentas".

Também considera que a invasão russa "representa uma ameaça grave e direta à segurança" das usinas nucleares e de sua equipe, "diante de um possível acidente ou incidente nuclear que coloque em risco a população na Ucrânia, nos Estados vizinhos, e na comunidade internacional".

A resolução, apresentada por Polônia e Canadá, foi aprovada com uma ampla maioria entre os 35 Estados-membros, segundo uma fonte diplomática. "É um passo para a politização do trabalho" da AIEA, reagiu a delegação russa no Twitter. Um argumento também usado pela China para justificar sua rejeição à resolução.

Por sua vez, países como África do Sul ou Índia se abstiveram, disse a mesma fonte à AFP.

No território ucraniano há 15 reatores em quatro usinas nucleares. A usina de Chernobyl, onde ocorreu a pior catástrofe nuclear da história em 1986, foi tomada pelos russos na semana passada.

"Qualquer incidente pode ter consequências graves, aumentar o sofrimento humano e causar danos ambientais", alertou o diretor-geral da AIEA na quarta-feira, durante a abertura da reunião deste órgão regulador.

Nesse mesmo dia, a Assembleia Geral da ONU adotou, por esmagadora maioria, uma resolução exigindo que "a Rússia cesse imediatamente o uso da força contra a Ucrânia", um voto considerado "histórico" e recebido com aplausos.

 


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