Al Jazeera diz que ataque de Israel a escritório em Gaza é crime de guerra

Al Jazeera diz que ataque de Israel a escritório em Gaza é crime de guerra

Prédio que abrigava a emissora e outros veículos de comunicação foi bombardeado na Cidade de Gaza

AE e AFP

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A Al Jazeera, emissora de televisão do Catar, declarou neste sábado que vai tomar todas as medidas possíveis para responsabilizar o governo israelense por suas ações. A emissora considera que o ataque foi uma violação em flagrante dos direitos humanos e o classifica como um crime de guerra. A declaração vem após um bombardeio de Israel ter destruído o prédio que abrigava o escritório da emissora e de outros veículos de comunicação na Cidade de Gaza.

Em nota, a Al Jazeera afirma que condena "nos termos mais veementes o bombardeio e a destruição dos escritórios pelos militares israelenses e vê isso como um ato claro para impedir os jornalistas de cumprirem seu dever sagrado de informar o mundo e relatar os acontecimentos no local". "O objetivo deste crime hediondo é silenciar a mídia e ocultar a carnificina incontável e o sofrimento do povo de Gaza. Jornalismo não é crime", disse.

No comunicado, o diretor-geral interino da Rede de Mídia fez um apelo à comunidade internacional para que se posicione e condene a ação direcionada aos jornalistas. E acrescentou um pedido aos meios de comunicação e instituições de direitos humanos para unir forças na denúncia dos bombardeios.

Já a agência de notícias americana AP declarou estar "chocada e horrorizada" com o ataque israelense que destruiu o edifício que abrigava seus escritórios e os da Al-Jazeera em Gaza. "Trata-se de um acontecimento incrivelmente perturbador. Nós evitamos por pouco uma terrível perda de vidas", disse o chefe da agência, Gary Pruitt, em nota.

"O mundo ficará menos informado sobre o que está acontecendo em Gaza por causa do que aconteceu hoje", acrescentou.


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