Alemã é condenada a 12 anos de prisão por prostituir o filho menor de idade
Mulher e o marido já tinham condenações na justiça por pedofilia e abuso sexual
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O tribunal de Freiburg condenou a mãe a 12 anos e meio de prisão, assim como o padrasto. Em seu caso, o tribunal também determinou medidas para atrasar sua libertação o máximo possível. A mãe do menino nunca explicou seus atos. O advogado defesa tentou atenuar sua responsabilidade argumentando a "dependência" da mulher de seu companheiro, o que foi rejeitado pelo tribunal.
O juiz Stefan Bürgelin considerou que a motivação inicial da mãe pode ter sido a continuidade do relacionamento com o cônjuge, mas depois também existiram "razões financeiras". O magistrado recordou que a mãe também abusou de uma menina que ficou sob sua responsabilidade.
O caso foi revelado após uma denúncia anônima em 2017. Depois, as confissões do padrasto, que já havia sido condenado por pedofilia e posse de material pornográfico com crianças, provocaram a detenção de vários clientes do casal, incluindo quatro alemães, um suíço e um espanhol. Christian Lais, o padrasto, pediu ao tribunal que sua pena contemple as medidas necessárias para que possa entrar em terapia.
Na segunda-feira, Javier González Díaz, um espanhol de 33 anos, foi condenado a 10 anos de prisão por ter violentado o menino várias vezes e filmado. Em troca de mais de 10 mil euros pagos ao casal, o espanhol viajou pelo menos quatro vezes de seu país até Freiburg para cometer os crimes, nos quais o menino era "humilhado, insultado, amarrado, encapuzado e maltratado", afirmou o tribunal. Os policiais esperam que o caso permita a detenção de outros pedófilos, com o apoio de vídeos e fotos de pessoas que cometeram os crimes e foram divulgadas na Darknet.
O menino não tem nenhum contato com a mãe e "está bem apesar das circunstâncias", afirmou seu advogado. O casal terá que pagar 30 mil euros de indenização. O serviço de proteção ao menor, a justiça e a polícia foram muito criticados no caso porque o padrasto Christian Lais estava proibido de qualquer contato com crianças depois de cumprir uma pena de quatro anos de prisão - encerrada em 2010 - por pedofilia.
As advertências do serviço social de que Lais vivia na mesma casa que Berrin Taha e seu filho não foram levadas em consideração pelas autoridades. "O caso não termina com esta decisão. Revela os fracassos judiciais e oficiais dos quais temos que tirar lições em escala nacional nacional", disse Johannes-Wilhelm Rörig, comissário do governo alemão para a luta contra a violência a menores.