Anistia Internacional analisará denúncias de abusos policiais no Chile

Anistia Internacional analisará denúncias de abusos policiais no Chile

Ao menos cinco das 20 mortes ocorridas durante protestos foram provocadas por militares ou policiais

AFP

Ao menos cinco das 20 mortes ocorridas durante protestos foram provocadas por militares ou policiais

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A Anistia Internacional investigará, a partir desta segunda-feira, mais de 100 denúncias de abusos policiais supostamente cometidos no Chile durante a explosão social deflagrada há dez dias, o que levou o governo a mobilizar as Forças Armadas pela primeira vez desde a volta da democracia, em 1990.

"De fora estamos observando a situação do Chile com muita preocupação", disse Pitxu San Martín, um dos investigadores da ONG que está em Santiago para investigar as denúncias sobre violações dos direitos humanos durante a crise, que deixou 20 mortos. A equipe da Anistia manteve uma reunião com representantes do Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) que após dez dias de confrontos nas ruas apresentou um relatório com 101 ações judiciais; cinco delas por homicídio, 54 por tortura e 8 por violência sexual.

O relatório inclui 1.132 feridos, sendo 38 por bala, 295 por disparos de escopeta, 238 por armas de fogo não identificadas e 24 por tiros de chumbinho. A ONG explicou que tem "uma equipe de análise de material gráfico e outra para análise de munições e armas", que trabalharão nas investigações, a princípio por duas semanas.

Ao menos cinco das 20 mortes ocorridas durante a crise foram provocadas por militares ou policiais que ocuparam as ruas quando o presidente Sebastian Piñera decretou o estado de emergência, segundo o INDH. 


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