Não há detalhes sobre a data exata das eleições na Venezuela. Nos últimos meses, os aliados de Chávez e a oposição apresentaram interpretações divergentes sobre a Constituição, em caso da morte do presidente da República – que foi reeleito em outubro para o quarto mandato.
Capriles apelou ao governo para seguir a Constituição. “Espero que o governo venha a agir estritamente no âmbito do seu dever constitucional", disse ele. A oposição alega que a Constituição estabelece que o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, assuma o governo em caso da morte do presidente.
Em dezembro, antes de seguir para Cuba, para a quarta cirurgia destinada à retirada de um tumor maligno na região pélvica, Chávez recomendou à população que Maduro assumisse o governo se ele ficasse incapacitado. Na ocasião, a orientação de Chávez causou surpresa.
A Constituição determina que o presidente da Assembleia Nacional assuma o poder se o presidente morrer antes de tomar posse. Chávez não compareceu à posse agendada para 10 de janeiro, mas o Supremo Tribunal aprovou um adiamento e decidiu que não haveria interrupção entre governos.
Uma semana de luto
O ministro das Relações Exteriores, Elias Jaua, anunciou que a Venezuela terá uma semana de luto. Por sete dias, estão suspensas as atividades escolares nas instituições públicas e privadas. O enterro de Chávez ocorrerá sexta-feira, a partir das 10h. A previsão é que o corpo seja enterrado na Academia Militar.
A presidente Dilma Rousseff deverá comparecer ao enterro. Os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Uruguai, José Pepe Mujica, confirmaram que estarão presentes nas últimas homenagens ao líder venezuelano. Chávez morreu nessa terça-feira à tarde depois de lutar por cerca de 20 meses contra um câncer na região pélvica.
Entenda a cronologia da doença: