Argentina congela preços e tarifas diante de alta da inflação

Argentina congela preços e tarifas diante de alta da inflação

Medida foi acordada com o Fundo Monetário Internacional para obter um empréstimo de US$ 56 bilhões

AFP

Maiores aumentos no último ano foram nos transportes (67,5%) e nos alimentos (64%)

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O presidente argentino Mauricio Macri concordou em estabilizar os preços de cerca de 60 produtos básicos e deter aumentos nas tarifas dos serviços públicos, em uma tentativa de frear a alta inflação, que soma 54,7% nos últimos 12 meses. As medidas, heterodoxas dentro do plano acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter um empréstimo de US$ 56 bilhões, complementam uma decisão do Banco Central de manter a taxa de câmbio dentro de uma faixa fixa até o fim do ano.

É um acordo entre o governo e as empresas com o objetivo de "aprofundar a luta contra a inflação e ajudar a reativar a economia", segundo o documento divulgado nesta quarta-feira pela Presidência. Entre os produtos que terão seus preços congelados por seis meses estão óleos, arroz, farinha, macarrão, leite, iogurte e açúcar, entre outros. Também inclui alguns cortes de carne bovina.

Quanto às tarifas de serviços públicos como energia elétrica, gás, transporte público e telefonia celular, o governo concordou que não haverá novos aumentos no ano e até mesmo assumirá a diferença com alguns já autorizados às empresas. As taxas, que por anos tiveram importantes subsídios, são um dos itens que mais aumentaram nos últimos anos.

Aposentados e famílias que recebem assistência social terão alguns benefícios com acesso ao crédito. Em março, a inflação na Argentina foi de 4,7% e os preços dos alimentos subiram 6%. No índice anualizado, os maiores aumentos foram de transporte (67,5%) e alimentos (64%).


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