Arquéologos descobrem monumento cerimonial em Stonehenge
Achado foi classificado como notável por acadêmico da Universidade de Birmingham
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O novo monumento seria contemporâneo de Stonehenge, erguido há cerca de 4.500 anos, e também parece alinhado na direção do nascer do sol durante o solstício de verão. Trata-se de um fosso circular com duas entradas opostas nordeste/sudoeste e que pode ter apoiado uma estrutura de madeira: pequena, uma espécie de Stonehenge de madeira, e não de pedra. "A hipótese comumente admitida era de que havia apenas um campo vazio (em torno de Stonehenge), mas, agora, temos um monumento cerimonial maior e próximo dos imensos menires do sítio principal", declarou Vince Gaffney.
A descoberta - fortuita - foi feita por cientistas da Grã-Bretanha, Noruega, Suécia, Áustria e Alemanha, que lançaram um vasto projeto de mapeamento de Stonehenge dirigido pela Universidade de Birmingham e do Instituto Ludwig Boltzmann (Áustria). Stonehenge ("pedras de pé" no inglês arcaico), classificado como patrimônio mundial da Unesco em 1986, é um dos alinhamentos de menires mais importantes do mundo.
Seus 17 blocos de arenito, podendo pesar até 45 toneladas e cobertos por seis dintéis, estão alinhados na direção do nascer do sol durante o solstício de verão, o que reforçou a teoria de um observatório pré-histórico ou de um templo dedicado ao sol.
Recentes estudos, entretanto, contradizem essas hipóteses e revelaram que trata-se, na verdade, de um local de peregrinação reverenciado pelas propriedades terapêuticas de suas estrelas. Os doentes e feridos iam a Stonehenge em razão do poder curativo atribuído às pedras erguidas em círculo entre 2.400 e 2.200 antes de Cristo.
Atualmente, na planície verde de Salisbury, apenas 40% do sítio do período neolítico ainda existe. Mas a majestade dos menires restantes atrai cerca de um milhão de visitantes por ano.