Arqueólogos descobrem novas seções da muralha de Jerusalém

Arqueólogos descobrem novas seções da muralha de Jerusalém

Equipe recuperou duas seções do muro de 14 e 3 metros de altura no local da Cidade de Davi

AFP

Equipe recuperou duas seções do muro de 14 e 3 metros de altura no local da Cidade de Davi

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Arqueólogos israelenses revelaram nesta quarta-feira (14) seções perdidas da muralha de Jerusalém que datam da Idade do Ferro e que, segundo eles, confirmam a existência de uma fortificação em torno da antiga cidade.

Uma equipe liderada pelo arqueólogo israelense Filip Vukosavovic recuperou duas seções do muro de 14 e 3 metros de altura no local da Cidade de Davi, nome dado pelo Rei Davi a Jerusalém após conquistá-la no século 10 a.C.

De acordo com Vukosavovic, membro do Centro de Pesquisa de Jerusalém Antiga, essas novas seções se juntam às outras duas seções da parede restaurada na década de 1960.

Um espaço de 70 metros entre elas levou alguns pesquisadores a acreditar que, apesar do relato bíblico, a cidade de Jerusalém com seu Primeiro Templo não tinha uma única fortificação.

Mas as novas descobertas permitiram aos pesquisadores reconstruir um traçado de parede de 200 metros de comprimento. "Os dois segmentos que encontramos são os dois elos que faltam entre as duas seções previamente descobertas na cidade de David", disse Vukosavovic à AFP.

Segundo ele, o muro foi provavelmente construído no século 8 a.C. e serviu como "a principal linha de defesa em caso de ataque a Jerusalém". A Cidade de David é um local de intensas escavações e também de polêmicas, devido às tensões entre israelenses e palestinos sobre a soberania de Jerusalém Oriental, anexada e ocupada por Israel desde 1967, e o impacto das descobertas históricas neste contexto.

A localidade é administrada pela organização nacionalista Elad, cujo objetivo reconhecido é fortalecer a presença judaica nos bairros árabes de Jerusalém Oriental.


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