Assembleia Geral da ONU se reúne para tratar da invasão russa da Ucrânia

Assembleia Geral da ONU se reúne para tratar da invasão russa da Ucrânia

Os 193 membros decidirão se condenam a ofensiva da Rússia

AFP

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A Assembleia Geral da ONU fará uma sessão especial de emergência nesta segunda-feira (28) para os 193 membros decidirem se condenam a invasão da Ucrânia pela Rússia. A reunião começará às 12h (horário de Brasília), com discursos do presidente da Assembleia, Abdulla Shahid, e do secretário-geral da ONU, António Guterres. Uma votação da resolução está prevista ao final das intervenções que devem se estender até terça-feira, dado o grande número de discursos esperados.

Intitulado "A agressão armada não provocada da Rússia contra a Ucrânia", o projeto de resolução promovido pelos europeus em coordenação com Kiev "condena, nos termos mais duros, a agressão da Rússia contra a Ucrânia". O texto é similar ao apresentado por Estados Unidos e Albânia e rejeitado por um veto russo no Conselho de Segurança na sexta-feira. Exige a retirada imediata das tropas russas da Ucrânia e o fim dos combates. Seus autores esperam ultrapassar a centena de votos favoráveis na Assembleia, onde não há direito de veto.

No Conselho de Segurança, África e América Latina apoiaram a denúncia da invasão formulada por Estados Unidos e Europa. Na Assembleia Geral, espera-se que os apoiadores habituais de Moscou - Síria, Cuba, China, Índia e outros - fiquem ao lado da política russa, ou se abstenham de votar.

A sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU será um termômetro da evolução do mundo, segundo diplomatas. Nos últimos anos, regimes considerados autocráticos, militares ou não, como Rússia, Mianmar, Sudão, Mali, Burkina Faso, Venezuela e Nicarágua, parecem estar ganhando terreno frente às democracias.

Também hoje, às 15h, a França convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, com o objetivo de ter uma resolução aprovada, na terça-feira, a favor do "cessar das hostilidades", "da proteção de civis" e que "permita" a chegada de ajuda humanitária "sem obstáculos". Após seu primeiro veto na última sexta-feira, a posição da Rússia sobre o texto permanece desconhecida.

 


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