Balsa que matou 304 na Coreia será levada à superfície

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, prometeu nesta quinta-feira que a balsa "Sewol", cujo naufrágio deixou 304 mortos no ano passado, será levada de volta à superfície, em resposta a uma das principais exigências das famílias. "Adotarei as medidas necessárias para recuperar a embarcação o mais rápido possível", disse a presidente durante uma visita à ilha meridional de Jindo no primeiro aniversário da tragédia.

A balsa, sobrecarregada, naufragou em 16 de abril de 2014 na altura de Jindo com 476 pessoas a bordo, incluindo 325 alunos do ensino médio que estavam em uma viagem escolar: 250 morreram na catástrofe. A embarcação está a 40 metros de profundidade.

As famílias das vítimas haviam ameaçado boicotar a cerimônia de recordação desta quinta-feira se o governo não anunciasse um compromisso oficial para devolver à superfície a balsa de 6.825 toneladas, uma operação complexa que pode custar 110 milhões de dólares.

A investigação evidenciou uma combinação de fatores, da sobrecarga da embarcação à incompetência da tripulação, passando por obras ilegais para aumentar a balsa que reduziram sua flutuabilidade, assim como um ambiente de corrupção de funcionários e conluio entre as autoridades de regulamentação e as empresas privadas. A lentidão e a desorganização do resgate também foram apontadas como fatores que contribuíram para a tragédia.