Biden pede o fim da "ilegalidade" em cidades americanas atingidas por protestos

Biden pede o fim da "ilegalidade" em cidades americanas atingidas por protestos

Candidato democrata à Casa Branca culpou o governo "tóxico" de Trump por alimentar os distúrbios que deixaram várias pessoas mortas

AFP

"Nosso atual presidente quer que vocês vivam com medo", acusou o democrata

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O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, pediu nesta segunda-feira o fim da "ilegalidade" e da violência nas cidades americanas atingidas pelos protestos. Em um discurso de campanha em Pittsburgh (Pensilvânia) nesta segunda-feira, ele culpou o governo "tóxico" de Donald Trump por alimentar os distúrbios que deixaram várias pessoas mortas. Biden afirmou também que a recusa de Trump em fazer seus apoiadores a pararem de agir como uma milícia arma mostra "o quão fraco ele é".

"Saquear não é protestar, atear fogo não é protestar. Nada disso é protestar. É ilegalidade, pura e simplesmente, e aqueles que o fazem devem ser processados", disse Biden em seu discurso. "A violência não trará mudança, só trará destruição. É errado em todos os sentidos. Vai dividir, em vez de unir. ... Isso torna as coisas piores, não melhores." 

Biden reiterou que os saques e danos à propriedade são uma ruptura com as táticas dos defensores dos direitos civis como Martin Luther King Jr. e John Lewis, e "devem acabar". "Não devemos queimar. Temos de construir", disse o candidato.

Em seguida, o democrata acusou Trump de ser parte do problema."Nosso atual presidente quer que vocês vivam com medo", disse o democrata, de 77 anos. "Ele se autodenomina uma figura de ordem. Ele não é. E até agora não fez parte da solução. Ele é parte do problema". "Donald Trump tem sido uma presença tóxica em nosso país há quatro anos".

Biden condenou duramente as ações de Trump em meio a protestos contra a brutalidade policial e a injustiça racial, dizendo que o trabalho do presidente é "dizer a verdade, ser franco, enfrentar os fatos, liderar, não incitar". Ele disse que Trump é "incapaz de nos dizer a verdade, incapaz de enfrentar os fatos e incapaz de se curar. Ele não quer lançar luz, quer gerar calor e está alimentando a violência em nossas cidades".

A nove semanas das eleições presidenciais de 3 de novembro, a questão da segurança domina o debate.

Recentemente, a ira contra o racismo que marca o país nos últimos meses gerou distúrbios, especialmente em Kenosha (Estado de Wisconsin), onde um adolescente armado foi acusado de matar duas pessoas na semana passada, e em Portland (Estado do Oregon), onde uma pessoa foi assassinada a tiros no sábado.

"Alguém acredita que haverá menos violência nos Estados Unidos se Donald Trump for reeleito?", indagou Biden em seu discurso.


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