Bolívia é o segundo país da América do Sul com caso suspeito de varíola do macaco

Bolívia é o segundo país da América do Sul com caso suspeito de varíola do macaco

Paciente teve contato com pessoas procedentes da Espanha e está em isolamento em uma clínica na região de Santa Cruz

R7

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Um paciente com sintomas da varíola do macaco está isolado em uma clínica na região de Santa Cruz, na Bolívia, fazendo deste o segundo país da América do Sul com caso suspeito da doença – o primeiro foi a Argentina, que ainda não confirmou ou descartou o diagnóstico.

Autoridades sanitárias locais informaram na quinta-feira, segundo a agência de notícias Efe, que o jovem de 26 anos teve contato com pessoas que haviam viajado à Espanha, país que tem 84 casos confirmados de varíola do macaco e outros 55 suspeitos.

Ele apresentou cansaço, dores musculares, febres que foram seguidas de lesões na pele, nas palmas das mãos, solas dos pés e no rosto, que são sintomas clássicos da doença.

O exame do paciente está sendo analisado no Centro de Doenças Tropicais da Bolívia, mas a amostra também foi enviada a um laboratório argentino.

Apesar de internado em uma clínica, o paciente se encontra em bom estado de saúde, de acordo com as autoridades bolivianas.

Já passam de 330 os casos confirmados de varíola do macaco no mundo. A Inglaterra é o país com mais infecções diagnosticadas (85), seguida da Espanha, Portugal (58), Canadá (26), Países Baixos (12), Alemanha (12) e Itália (10).

A doença já foi reportada em 22 países. A OMS (Organização Mundial da Saúde) espera que os casos aumentem nas próximas semanas diante de uma intensificação dos serviços de vigilância.

A organização, todavia, está monitorando de perto o surto, que é considerado incomum por se tratar de um vírus considerado de difícil transmissão entre humanos.

A chefe do departamento de Doenças Emergentes e Zoonoses da OMS, a epidemiologista Maria Van Kerkhove, afirmou nesta semana que estes "não são padrões típicos de transmissão da varíola do macaco", mas ressaltou que o vírus é muito diferente do que causa a Covid-19, minimizando o risco de uma disseminação global semelhante à que provocou a pandemia atual.


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