Boris Johnson se diz "profundamente preocupado" com Amazônia e pede ação internacional

Boris Johnson se diz "profundamente preocupado" com Amazônia e pede ação internacional

Em comunicado, primeiro-ministro do Reino Unido afirmou que usará o G7 para exigir um foco renovado na proteção da natureza

Correio do Povo

Premiê disse que se trata de uma crise mundial

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, comentou nesta sexta-feira os incêndios na Amazônia e pediu uma ação global para conter os incêndios, já que seu governo foi pressionado pela oposição liderado por Jeremy Corbyn a tomar medidas contra o presidente Jair Bolsonaro. "O premiê está profundamente preocupado com a floresta amazônica e com o impacto da trágica perda desses preciosos habitats. O efeito desses incêndios será sentido em todo o mundo e é por isso que precisamos de ação internacional para proteger as florestas tropicais do mundo", disse o porta-voz antes da cúpula do G7 deste fim de semana em Biarritz.

No comunicado, o representante de Downing Street informou que "o Reino Unido continuará apoiando os projetos no Brasil, e o primeiro-ministro usará o G7 para exigir um foco renovado na proteção da natureza e no combate às mudanças climáticas". Pelo Twitter, o político do partido Conservador escreveu que "os incêndios devastando a floresta amazônica não são apenas devastadores, são uma crise internacional. Estamos prontos para fornecer qualquer ajuda que pudermos para controlá-los e ajudar a proteger uma das maiores maravilhas da Terra".

Em outra oportunidade, também nesta sexta, Johnson disse que apoia fortemente o pedido do presidente francês Emmanuel Macron para que os incêndios na floresta amazônica sejam tratados como uma crise internacional. Em visita ao hospital Torbay, no condado de Devon (sudoeste da Inglaterra), o premiê garantiu que compartilha apaixonadamente da visão do chefe do Palácio dos Eliseus e afirmou que uma das questões que vai abordar na cúpula "é a terrível perda de habitats e espécies em todo o mundo".

"Estamos passando por uma extinção de diversidade, de biodiversidade em todo o planeta. Estamos reduzidos a cerca de 15 mil leões  na natureza, talvez 3 mil tigres na Índia, a população de elefantes diminuiu em cerca de 8% ao ano. O que nós no Reino Unido queremos fazer é liderar o mundo agora na definição de metas para a retenção, a manutenção e a melhoria do habitat, e parar esta terrível perda de biodiversidade, então estabeleça metas para manter as espécies que herdamos neste planeta", afirmou, conforme citação do jornal The Guardian.

Pressão do Partido Trabalhista

Durante a semana, os membros do gabinete Gabinete Sombra da Oposição Oficial Emily Thornberry, Rebecca Long Bailey, Sue Hayman e Barry Gardiner escreveram a Johnson pedindo-lhe para enfrentar a “imprudente destruição” da floresta. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 70 mil incêndios florestais somente este ano, um aumento de 84% em relação a 2018. "Em vez de combater esses incêndios, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro demitiu o diretor do INPE e chamou as mentiras dos dados de satélite", argumentaram os deputados trabalhistas.

"Primeiro-ministro, as florestas tropicais não podem esperar, nem as centenas de milhões de pessoas ameaçadas pela mudança climática. Você deve dizer imediatamente ao presidente Bolsonaro que sua destruição imprudente da Amazônia deve parar", disseram na carta enviada a Downing Street.


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