Brasil anuncia saída da Celac por "dar palco a regimes não-democráticos"

Brasil anuncia saída da Celac por "dar palco a regimes não-democráticos"

Chanceler Ernesto Araújo criticou atuação do bloco em nota sobre decisão

AFP

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O governo de Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira a saída do Brasil da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) por considerar que "dá palco para regimes não-democráticos". "O Brasil decidiu suspender sua participação na Celac. A Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco para regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua", declarou o chanceler Ernesto Araújo.

"O Brasil reforça sua determinação de trabalhar com todas as democracias da região - seja bilateralmente, seja na OEA, no Prosul ou no Mercosul - por uma agenda de liberdade, prosperidade, segurança e integração aberta", acrescentou o chanceler. A Celac, que reúne 33 países, foi criada em 2010, com o objetivo de promover o diálogo na região.

Mas a atuação do bloco foi praticamente paralisada nos últimos anos diante da chegada de governos conservadores ao poder na região. Em abril de 2019, Bolsonaro oficalizou a saída do Brasil da Unasul, outro bloco promovido por Lula e criado em 2008. Em seu lugar, passou a integrar o Prosul, criado em março passado, no Chile.


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