Campanha eleitoral no Afeganistão termina com 85 civis mortos

Campanha eleitoral no Afeganistão termina com 85 civis mortos

Ataques foram motivados pelo baixo índice de pessoas aptas a votar

AFP

Mais de 56 pessoas foram mortas no dia do primeiro turno de pleito

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Mais de 450 civis foram alvos de ataques, com 85 vítimas fatais, durante a campanha eleitoral e o primeiro turno das eleições presidenciais no Afeganistão, executados sobretudo pelos talibãs, anunciou a ONU. Apenas no dia das eleições, em 28 de setembro, morreram 28 pessoas, informou a Missão das Nações Unidas para o Afeganistão (MINUA).

As ameaças e ataques contra a organização das eleições foram em grande parte responsáveis pelo índice de participação reduzido, de apenas 27% das pessoas registradas para votar. O relatório da MINUA, que cobre o período que vai do início do registro de candidaturas, em 8 de junho, até o fim de setembro, destaca que as baixas civis nos atentados vinculados às eleições foram "significativamente menores" que nas eleições legislativas de outubro de 2018, com 56 mortos no dia da votação.

A ONU atribui os ataques especialmente aos talibãs, que não esconderam que pretendiam fazer de tudo para evitar uma eleição que consideravam ilegítima. De acordo com a MINUA, "quase 95% das vítimas civis de atos de violência relacionados com as eleições podem ser atribuídas aos talibãs".

Muitos ataques foram executados com foguetes, granadas e morteiros, assim como bombas de fabricação caseira, colocadas em áreas próximas a locais de votação, incluindo escolas. Os mais violentos aconteceram em Cabul, em 28 de julho durante um comício (21 mortos), e ao norte da capital, em 17 de setembro, com um ataque suicida contra um ato de campanha que terminou com 30 mortos.


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