Candidato kirchnerista diz que Bolsonaro é "conjuntura" e o chama de racista e violento

Candidato kirchnerista diz que Bolsonaro é "conjuntura" e o chama de racista e violento

Vencedor das primárias de domingo, Alberto Fernández afirmou que o Brasil sempre será o principal parceiro dos argentinos

AFP e Correio do Povo

Chapa do advogado com Cristina Kirchner obteve 47% dos votos na eleição primária de domingo

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O advogado Alberto Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como candidata à vice e no domingo venceu as Eleições Primárias Obrigatórias na Argentina, rebateu as críticas do presidente Jair Bolsonaro de que o retorno do kirchnerismo poderia provocar a saída de cidadãos do país vizinho para o Rio Grande do Sul, sob o risco de tornar o estado uma "nova Roraima". Ele chamou o chefe de Estado brasileiro de "misógino", "racista" e "violento" e disse que Bolsonaro é uma mera "conjuntura na vida do Brasil", assim como, completou, Mauricio Macri na Argentina.

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"Eu celebro que Bolsonaro fale mal de mim... Ele é um misógino, um racista. A única coisa que eu peço é que eu deixe Lula livre. Com Bolsonaro eu não tenho problemas em ter problemas", afirmou em uma entrevista à televisão com os jornalistas María O'Donnell e Ernesto Tenembaum. Ele também garantiu que vai se "relacionar muito bem com o Brasil", apesar das ameaças do Planalto de rever a participação do país no Mercosul diante de uma eventual vitória de Fernández. "Sempre será nosso principal parceiro, Bolsonaro é uma conjuntura na vida do Brasil, assim como Macri é uma conjuntura na vida da Argentina", completou.

A chapa de Fernández com Cristina obteve 47% dos votos nas primárias de domingo na Argentina, uma diferença quase insuperável para o presidente Mauricio Macri, que obteve 32%. O primeiro turno da eleição presidencial está previsto para 27 de outubro, e um eventual segundo turno, para 24 de novembro. Por sua "expressiva" vitória, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) felicitou Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina Kirchner, de quem foi um estreito aliado durante seus dois mandatos. 

 


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