Capoeira brasileira entra para lista do patrimônio cultural da humanidade

Capoeira brasileira entra para lista do patrimônio cultural da humanidade

Unesco anunciou decisão nesta quarta-feira

AFP

Capoeira brasileira entra para lista do patrimônio cultural da humanidade

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A capoeira, uma mistura de dança e arte marcial herdada dos escravos e que durante seus primórdios foi clandestina, foi admitida nesta quarta-feira na lista representativa do patrimônio cultural imaterial da Unesco, anunciou o organismo. O comitê para a proteção do patrimônio cultural imaterial da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reunido em Paris aprovou acrescentar as rodas de capoeira a sua prestigiada lista. "A lista representativa do patrimônio cultural da humanidade é composta por expressões que demonstram a diversidade deste patrimônio e permitem tomar consciência de sua importância", destacou a Unesco em um comunicado.

A capoeira é uma prática cultural afro-brasileira que combina a luta e a dança, cujas origens remontam ao século XVI. Nasceu como uma forma de resistência à opressão. Alguns sustentam que em sua origem foi uma forma de dissimular o fato de que os escravos treinavam para combater e que por esta razão durante muito tempo era praticada na clandestinidade. Os capoeiristas formam uma roda e dois deles jogam em em seu centro. Os movimentos executados exigem grande destreza corporal, com movimentos rápidos de braços e pernas. Os participantes que rodeiam os competidores cantam, batem palmas e tocam berimbau e outros instrumentos de percussão.

As rodas de capoeira estão integradas por um mestre, um contra-mestre vários discípulos. "O mestre é o guardião dos conhecimentos da roda, transmitidos aos demais participantes por meio da observação e da imitação, promovendo ao mesmo tempo o respeito mútuo e a coesão social", indicou a Unesco. Junto com a capoeira, a Unesco aprovou nesta quarta-feira integrar à lista manifestações de Argélia, Armênia, Azerbaijão, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária e Burundi.

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