Catalunha prepara referendo mesmo com "não" da Escócia
Ao contrário do Reino Unido, governo espanhol não apoia consulta popular
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O chefe do governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, havia afirmado pouco antes em uma mensagem institucional se sentir muito feliz com o resultado da consulta escocesa. Diferentemente de Londres, que acordou com o governo regional escocês a realização do referendo soberanista, o executivo de Madri se opõe categoricamente à convocação de uma consulta na Catalunha, região do nordeste da Espanha, por considerá-la contrária à Constituição.
Diante da negativa de Madri, o partido nacionalista conservador CiU de Mas, apoiado por uma maioria de formações políticas regionais lideradas pelos independentistas de esquerda de ERC, anunciou unilateralmente em dezembro sua intenção de convocar uma consulta soberanista no dia 9 de novembro. Esta deve constar de uma dupla pergunta: "Quer que a Catalunha seja um Estado? Quer que seja um Estado independente?".
Mas assegura querer organizá-la "dentro de um âmbito legal", razão pela qual o Parlamento regional catalão se preparava para aprovar nesta sexta-feira uma lei de consultas catalã, que o executivo de Rajoy recorrerá imediatamente ante o Tribunal Constitucional.