Chile estende vacinação contra a Covid-19 a menores de 12 anos

Chile estende vacinação contra a Covid-19 a menores de 12 anos

País começou a imunizar crianças com comorbidades, mas ampliará no fim do mês para todo o público

AFP

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O Chile vacinou mais de 3 mil crianças no primeiro dia da campanha de imunização para menores com idades entre 6 e 11 anos portadores de doenças crônicas e nas próximas semanas este ciclo será estendido às escolas, informou nesta terça-feira (14) o ministro da Saúde, Enrique Paris. A imunização destes menores, autorizada em 6 de setembro, começou na segunda-feira em centros de saúde com os pequenos portadores de "comorbidades", como câncer ou diabetes, mas se estenderá no fim do mês aos saudáveis, que receberão suas doses nas escolas.

Paris informou que no primeiro dia receberam a primeira dose da vacina chinesa Sinovac mais de 3 mil crianças, de um total de 52.300 menores de 18 anos vacinados no mesmo dia. "Sempre se requer a autorização do pai, da mãe ou do tutor" porque "aqui no Chile, como em todo o mundo, a vacina contra o coronavírus é voluntária", ressaltou o ministro em videoconferência de imprensa com correspondentes estrangeiros.

Ele afirmou que o Chile não é o primeiro país a vacinar crianças, pois na China mais de 40 milhões de crianças e adolescentes já se imunizaram e na região, Cuba iniciou a vacinação há duas semanas. Até agora, foram aplicadas 1,6 milhão de doses em menores de 18 anos no Chile, disse. Cerca de 600.000 já receberam a segunda dose e a meta são três milhões.

"No Chile, em geral, a tradição dos programas de vacinação nos indica que as crianças se vacinam muito mais do que os adultos", expressou Paris, destacando que são esperados os resultados de novos estudos para autorizar a vacinação de menores de 6 anos.

A vacinação contra a Covid-19 começou em 3 de fevereiro no Chile e avançou rapidamente. Oitenta e sete por cento da população-alvo - 15 de 19 milhões de habitantes -, já está completamente imunizada. O ministro informou que nos próximos dias anunciará mudanças sobre o fechamento de fronteiras que vigora desde março passado para conter os contágios. Por enquanto, só podem entrar no país chilenos e estrangeiros residentes através do aeroporto de Santiago.

Em breve será possível "incorporar dois aeroportos e algumas passagens terrestres para permitir a entrada de turistas ao Chile, mas as razões sanitárias sempre têm que predominar", afirmou. O país faz fronteira com Argentina, Bolívia e Peru.

O Chile acumula 1,6 milhão de casos e 37.237 mortos na pandemia.

 

 


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