China movimenta tropas militares para a fronteira com Hong Kong

China movimenta tropas militares para a fronteira com Hong Kong

Autoridades afirmaram que "terrorismo" estava emergindo na cidade com manifestações

Correio do Povo e AE

Veículos blindados, caminhões e outros veículos da Polícia Armada foram vistos em vias expressas em direção a Shenzhen

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Vídeos divulgados nos meios de comunicação estatais da China mostram tropas militares blindadas se dirigindo para Shenzhen, estado do sudeste do país que faz fronteira com Hong Kong. As autoridades chinesas divulgaram uma série de declarações sobre os manifestantes na província semiautônoma, com uma afirmação de que o "terrorismo" estava emergindo na cidade, depois que os vôos foram cancelados por causa de protestos. O Aeroporto Internacional de Hong Kong retomou suas operações ao amanhecer desta terça-feira (noite de segunda no Brasil), informaram as autoridades aeroportuárias.

O Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista da China, publicou nas redes sociais uma declaração dizendo que a Polícia Militar Popular está em Shenzhen preparada para lidar com "distúrbios, grandes violências e crimes e questões de segurança social relacionadas ao terrorismo". A edição chinesa do Global Times, tabloide controlado pelo governo, traz uma citação da CCTV, emissora oficial do país: “Se os manifestantes de Hong Kong não puderem ler o sinal de ter policiais armados reunidos em Shenzhen, eles estão pedindo autodestruição”, segundo  tradução da rede televisiva norte-americana CNBC.

O serviço de Inteligência dos Estados Unidos alertou para a mobilização chinesa, disse o presidente Donald Trump nesta terça-feira. "Nossa inteligência nos informou que o governo chinês está transferindo tropas para a fronteira com Hong Kong. Todos devem permanecer calmos e a salvo!" tuitou o mandatário, em meio a uma briga comercial de Washington e Pequim.

Enquanto isso, a líder da cidade, Carrie Lam, disse à imprensa na terça-feira que "atividades infratoras em nome da liberdade" estavam prejudicando o Estado de Direito e que a recuperação do centro financeiro asiático dos protestos contra o governo poderia levar muito tempo.


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