China ordena fechamento de empresas norte-coreanas até início de 2018

China ordena fechamento de empresas norte-coreanas até início de 2018

Medidas teriam sido provocadas pela última série de sanções adotada pela ONU

AFP

Medidas teriam sido provocadas pela última série de sanções adotada pela ONU

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As empresas estabelecidas na China por entidades e por cidadãos norte-coreanos terão de fechar as portas antes de meados de janeiro, anunciou o ministro chinês do Comércio nesta quinta-feira, em função da aplicação da última série de
sanções adotada pela ONU.

O ministério informou que as empresas têm 120 dias para fechar, a partir da adoção da resolução 2375 por parte do Conselho de Segurança em 11 de setembro. A medida também afeta joint ventures com companhias chinesas. Apenas ficarão de fora da medida as organizações não comerciais ou envolvidas em infraestruturas de serviço público, que serão examinadas "caso a caso", segundo o ministério.

A resolução 2375, que Pequim apoia, ratifica o oitavo pacote de sanções da ONU contra o regime Kim Jong-Un, principalmente com a proibição do abastecimento de petróleo.  A resolução foi adotada após o sexto teste nuclear realizado por Pyongyang, em 3 de setembro, o mais potente até hoje, que provocou um violento tremor que foi sentido no nordeste da China. O regime norte-coreano anunciou o teste com sucesso de uma bomba de hidrogênio.

Pequim, responsável por fornecer praticamente todo o petróleo consumido na Coreia do Norte, havia confirmado no sábado que limitaria drasticamente as exportações de produtos petroleiros refinados ao país vizinho. Em decorrência do pacote de sanções anterior, a China proibiu no fim de agosto que empresas e cidadãos norte-coreanos estabelecessem novas empresas em seu território. Além disso, alguns bancos chineses começaram a rejeitar clientes norte-coreanos.

Pequim, que assegura aplicar as sanções da ONU "em sua integridade", defende, no entanto, a busca de uma solução "pacífica" para a crise. A China defende uma retomada das negociações de paz e propõe uma "dupla moratória": a interrupção simultânea dos testes balísticos e nucleares de Pyongyang e das manobras militares conjuntas da Coreia do Sul e Estados Unidos.

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